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Secretário disse a Trump que ele não é alvo na investigação sobre Rússia

Rússia nega interferência na eleição. Trump disse que não houve conluio e tem repetidamente chamado a investigação de uma "caça às bruxas"

Donald Trump: Washington Post relatou mais cedo neste mês que Trump é um sujeito de uma investigação (Andrew Harrer/Bloomberg)

Donald Trump: Washington Post relatou mais cedo neste mês que Trump é um sujeito de uma investigação (Andrew Harrer/Bloomberg)

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Reuters

Publicado em 19 de abril de 2018 às 20h44.

O vice-secretário de Justiça dos Estados Unidos, Rod Rosenstein, disse ao presidente norte-americano, Donald Trump, na semana passada que ele não é um alvo de qualquer parte da investigação do procurador especial, Robert Mueller, sobre a Rússia, segundo uma fonte familiarizada com o tema.

Após a conversa em 12 de abril com Rosenstein, Trump disse a assessores que ele não estava inclinado a buscar a saída de nenhum dos dois, já que ele não é alvo da investigação de Mueller.

A conversa foi primeiro reportada pela Bloomberg.

O Departamento de Justiça informou à Reuters que não comenta sobre conversas com o presidente. A Casa Branca não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.

Mueller está investigando acusações de interferência russa na eleição norte-americana de 2016 e possível conluio com a campanha de Trump.

A Rússia nega interferência na eleição. Trump disse que não houve conluio e tem repetidamente chamado a investigação de Mueller de uma "caça às bruxas", levantando preocupações de que pode tentar demitir o procurador especial ou Rosenstein, que supervisiona a investigação.

Sob a política do Departamento de Justiça, um alvo é alguém que se acredita ter cometido um crime e é provável que enfrente acusações, enquanto um sujeito da investigação é alguém cuja conduta está dentro do escopo de uma investigação, disse Lisa Kern Griffin, ex-procuradora federal e professora da Escola de Direito da Universidade Duke.

O Washington Post relatou mais cedo neste mês que Trump é um sujeito de uma investigação.

Griffin disse que a garantia de Rosenstein não é significativa, uma vez que o presidente ainda poderá se tornar alvo da investigação.

"É possível progredir de sujeito a alvo se o apoio estrutural e substantivo necessários surgirem depois", disse ela.

Griffin disse que um motivo pelo qual Trump está sendo tratado como sujeito, em vez de alvo, pode ser porque Rosenstein está operando assumindo que um presidente em exercício não pode ser indiciado.

(Reportagem adicional de Jan Wolfe)

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