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Santos diz que com vitória do "não", processo de paz acabará

Presidente colombiano disse que no hipotético caso de vitória do "não" em plebiscito sobre os acordos de paz com a Farc, o processo de paz estará derrotado

Juan Manuel Santos: presidente da Colômbia afirmou que esse plebiscito "é necessário e convém ao processo" de paz (Guillermo Legaria/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 22 de fevereiro de 2016 às 16h45.

Bogotá - O presidente da Colômbia , Juan Manuel Santos, afirmou nesta segunda-feira que no hipotético caso de vitória do "não" em plebiscito sobre os acordos de paz feitos nas negociações entre o governo e as Farc , "o processo de paz" estará acabado.

"Estou absolutamente convencido de que se fizermos um bom trabalho pedagógico, quando o povo colombiano souber dos benefícios que a paz vai nos trazer, os custos que a guerra vai trazer, o povo colombiano vai aprovar os acordos", afirmou Santos em uma entrevista à emissora "W Rádio".

Além disso, afirmou que esse plebiscito "é necessário e convém ao processo" de paz, que começou há mais de três anos com as negociações entre o governo e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) em Havana.

Neste sentido, o chefe de Estado comentou que a guerrilha ainda não aceitou o sistema de referendação dos acordos, e insiste em convocar uma Assembleia Constituinte, o que para ele não é uma opção.

Por isso, mostrou sua confiança de que a Corte Constitucional se mostrará favorável à convocação do plebiscito.

"Confio que a Corte dará sua bênção e que poderemos convocar o povo colombiano para que nos diga se está de acordo ou não", acrescentou Santos.

Durante a entrevista, ele disse que tinha se comprometido a fazer essa convocação sobre os acordos e acrescentou que "é algo que tenho que cumprir, apesar de certamente não estar obrigado a fazê-lo".

Em referência à crise aberta nas negociações de paz após a visita de vários negociadores das Farc acompanhados de guerrilheiros fortemente armados à aldeia de Conejo, município de Fonseca, no departamento da Camponesa, que tiveram contato com civis, Santos disse que está trabalhando para superá-la.

"Ontem à noite me reuni pessoalmente com o chanceler da Noruega e com o embaixador de Cuba (países fiadores do processo)", disse Santos, que afirmou que o diplomata do país europeu pediu "um tempo para ver se atuam neste episódio, neste 'impasse'".

Além disso, destacou que agora "esperam poder encontrar uma solução", para a qual o chanceler norueguês viajou para Cuba para se reunir com seu colega na ilha.

"Espero que possamos continuar buscando uma solução aos problemas que faltam" para terminar as negociações, acrescentou Santos.

Sobre a visita dos representantes das Farc a Conejo, que foi liderada pelo chefe negociador dessa guerrilha, Ivan Márquez, o presidente garantiu que os protocolos impedem que eles se reúnam com a população civil como as Farc afirmaram.

Santos comentou que ele autorizou a visita dos chefes guerrilheiros que estão em Cuba negociando com o governo para que "possam fazer uma pedagogia com suas bases" sobre o processo de paz.

"Me parece um passo necessário, mas violaram as regras do jogo que haviam sido detalhadamente discutidas", disse.

Perguntado sobre a possibilidade de as partes chegarem a um acordo até 23 de março, data estipulada seis meses antes para concluírem os diálogos de paz, Santos mostrou esperança e disse que essa data "não mudou".

"Se for alterada tem que ser por acordo das partes, há possibilidades de determinar pelo menos os pontos fundamentais, podemos, se houver vontade, resolver antes dessa data, se fizermos um esforço nessa direção podemos conseguir", acrescentou.

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Bogotá - O presidente da Colômbia , Juan Manuel Santos, afirmou nesta segunda-feira que no hipotético caso de vitória do "não" em plebiscito sobre os acordos de paz feitos nas negociações entre o governo e as Farc , "o processo de paz" estará acabado.

"Estou absolutamente convencido de que se fizermos um bom trabalho pedagógico, quando o povo colombiano souber dos benefícios que a paz vai nos trazer, os custos que a guerra vai trazer, o povo colombiano vai aprovar os acordos", afirmou Santos em uma entrevista à emissora "W Rádio".

Além disso, afirmou que esse plebiscito "é necessário e convém ao processo" de paz, que começou há mais de três anos com as negociações entre o governo e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) em Havana.

Neste sentido, o chefe de Estado comentou que a guerrilha ainda não aceitou o sistema de referendação dos acordos, e insiste em convocar uma Assembleia Constituinte, o que para ele não é uma opção.

Por isso, mostrou sua confiança de que a Corte Constitucional se mostrará favorável à convocação do plebiscito.

"Confio que a Corte dará sua bênção e que poderemos convocar o povo colombiano para que nos diga se está de acordo ou não", acrescentou Santos.

Durante a entrevista, ele disse que tinha se comprometido a fazer essa convocação sobre os acordos e acrescentou que "é algo que tenho que cumprir, apesar de certamente não estar obrigado a fazê-lo".

Em referência à crise aberta nas negociações de paz após a visita de vários negociadores das Farc acompanhados de guerrilheiros fortemente armados à aldeia de Conejo, município de Fonseca, no departamento da Camponesa, que tiveram contato com civis, Santos disse que está trabalhando para superá-la.

"Ontem à noite me reuni pessoalmente com o chanceler da Noruega e com o embaixador de Cuba (países fiadores do processo)", disse Santos, que afirmou que o diplomata do país europeu pediu "um tempo para ver se atuam neste episódio, neste 'impasse'".

Além disso, destacou que agora "esperam poder encontrar uma solução", para a qual o chanceler norueguês viajou para Cuba para se reunir com seu colega na ilha.

"Espero que possamos continuar buscando uma solução aos problemas que faltam" para terminar as negociações, acrescentou Santos.

Sobre a visita dos representantes das Farc a Conejo, que foi liderada pelo chefe negociador dessa guerrilha, Ivan Márquez, o presidente garantiu que os protocolos impedem que eles se reúnam com a população civil como as Farc afirmaram.

Santos comentou que ele autorizou a visita dos chefes guerrilheiros que estão em Cuba negociando com o governo para que "possam fazer uma pedagogia com suas bases" sobre o processo de paz.

"Me parece um passo necessário, mas violaram as regras do jogo que haviam sido detalhadamente discutidas", disse.

Perguntado sobre a possibilidade de as partes chegarem a um acordo até 23 de março, data estipulada seis meses antes para concluírem os diálogos de paz, Santos mostrou esperança e disse que essa data "não mudou".

"Se for alterada tem que ser por acordo das partes, há possibilidades de determinar pelo menos os pontos fundamentais, podemos, se houver vontade, resolver antes dessa data, se fizermos um esforço nessa direção podemos conseguir", acrescentou.

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