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Sanders vence primárias em New Hampshire e fortalece candidatura

Com 90% dos resultados contabilizados na manhã desta quarta-feira, 12, o senador tem 25,7% dos votos, ante 24,4% de Pete Buttigieg

Sanders em New Hampshire: apesar da vitória, margem apertada preocupou apoiadores (Mike Segar)
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Da Redação

Publicado em 12 de fevereiro de 2020 às 06h45.

Última atualização em 12 de fevereiro de 2020 às 07h16.

São Paulo — Mais uma vitória de Bernie Sanders e Pette Buttigieg, mais uma derrota do establishment do Partido Democrata. Esta é a leitura política feita pela imprensa americana após os resultados da primaria das eleições americanas em New Hampshire, cuja votação aconteceu nesta terça-feira, 11.

Com 90% dos resultados contabilizados na manhã desta quarta-feira, 12, Sanders tem 25,7% dos votos, ante 24,4% de Buttigieg.

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Após ficar somente em quinto na votação anterior, em Iowa, a senadora Amy Klobuchar conseguiu um terceiro lugar considerado surpreendente, e tem até agora 19,8% dos votos em New Hampshire. Fechando a lista dos primeiros cinco colocados, a senadora Elizabeth Warren tem 9,3% dos votos e o ex-vice-presidente Joe Biden tem 8,4%.

A primária em New Hampshire foi a segunda votação da corrida pela nomeação democrata às eleições presidenciais. Em Iowa, depois de uma bagunça interna dos democratas que atrasou a divulgação dos resultados, Buttigieg e Sanders já haviam praticamente empatado (26,2% de Buttigieg contra 26,1% de Sanders).

Os resultados são lidos como uma derrota para candidatos mais tradicionais do Partido Democrata. Biden, considerado um dos favoritos, não conseguiu até agora mostrar um resultado forte nas urnas. O mesmo sinal vermelho se acendeu para a própria Warren, um pouco mais ao centro que Sanders.

O desempenho pode, é claro, mudar nos próximos estados, mas o resultado nos primeiro quatro estados é considerado essencial para que um candidato ganhe impulso (e doações) para o resto da campanha.

Enquanto isso, Sanders conseguiu em New Hampshire o que não havia conseguido diante da bagunça em Iowa: comemorar uma vitória, desta vez televisionada, e inflar seus eleitores em outros estados.

Em New Hampshire, em 2016, Sanders vencera a então oponente Hillary Clinton em New Hampshire por 22 pontos percentuais, de modo que a vitória dessa vez também era esperada. Contudo, apoiadores do senador se preocupam com a margem apertada e os bons resultados de Buttigieg e Klobuchar, considerados candidatos mais moderados do espectro.

Na lista dos candidatos mais ao centro, além de Biden, a oposição a Sanders será reforçada em breve, quando o ex-prefeito de Nova York e empresário Michael Bloomberg deve se juntar à corrida. Bloomberg não estava nas urnas nestes primeiros estados, e vem concentrando seus esforços (e milhões de dólares em campanha) nos estados da chamada “Super Terça”, em 3 de março, quando 15 estados farão as primárias de uma só vez.

Agora, as atenções se voltam para Nevada e Carolina do Sul, onde acontecem as próximas votações. Os dois estados, ao contrário de New Hampshire e Iowa, têm uma base mais diversa de eleitores negros e latinos.

Os próximos pleitos colocarão em teste a popularidade dos candidatos entre esse público — do qual o Partido Democrata se aproximou nos últimos anos e que será essencial no objetivo de derrotar o republicano Donald Trump, que disputará a reeleição. Uma boa colocação nos dois estados mostrará se o bom momento das candidaturas de Sanders ou Buttigieg de fato vieram para ficar.

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