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Sanções dos EUA precisariam da Europa, diz senador

Legisladores estão considerando punições contra a Rússia por causa dos movimentos de Moscou na Ucrânia

Homens armados montam guarda na cidade portuária de Feodosiya, na região da Crimeia, na Ucrânia (Thomas Peter/Reuters)

Homens armados montam guarda na cidade portuária de Feodosiya, na região da Crimeia, na Ucrânia (Thomas Peter/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 3 de março de 2014 às 17h13.

Washington - Legisladores dos Estados Unidos estão considerando opções como a imposição de sanções sobre os bancos da Rússia e o congelamento de bens de instituições públicas e de investidores privados russos, por causa dos movimentos de Moscou na Ucrânia, disse o senador norte-americano Chris Murphy, presidente da subcomissão para a Europa no Senado do país.

No entanto, eventuais sanções dos EUA contra a Rússia terão pouco efeito se não forem acompanhadas por ações da Europa, afirmou Murphy em entrevista à Reuters.

"Sanções unilaterais dos EUA contra a Rússia não vão ter muito efeito se a Europa continua a ser um paraíso para os bancos e oligarcas russos guardarem e investirem seu dinheiro", disse o democrata de Connecticut.

"Se os Estados Unidos fecham suas portas econômicas para a Rússia, e Europa deixa as portas abertas, não haverá muita mudança no comportamento de Moscou", disse ele.

Legisladores dos EUA estão em discussões sobre que tipo de apoio eles poderiam dar à administração do presidente Barack Obama, que avalia a forma de reagir a uma ação militar de Moscou na vizinha Ucrânia.

Os Estados Unidos têm a capacidade de sancionar os grandes bancos russos, que são controlados pelo governo, de congelar os bens nos Estados Unidos de instituições públicas russas, bem como os de seus maiores investidores institucionais privados, além de impor proibições de viagens, disse Murphy.

Os norte-americanos se opõem fortemente a uma intervenção militar, mas vários legisladores apoiam o envio de observadores internacionais para o sul e leste da Ucrânia, bem como sanções econômicas e restrições de viagem aos russos envolvidos na Ucrânia.

"Eu não acho que a comunidade industrial russa quer voltar para a Guerra Fria, quando não podia mover seu dinheiro e eles não podiam viajar", disse Murphy.

A Rússia pagou um preço financeiro nesta segunda-feira pela sua intervenção militar na Ucrânia, com ações, títulos e o mergulho do rublo, diante das forças do presidente Vladimir Putin reforçando seu controle sobre a Crimeia.

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