Ryan contradiz Trump e diz que não há provas de fraude eleitoral
As declarações do líder republicano ocorrem um dia depois de Trump ter afirmado que perdeu no voto popular porque 5 milhões de "ilegais" votaram em Hillary
EFE
Publicado em 24 de janeiro de 2017 às 16h43.
Washington - O presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos , Paul Ryan, reiterou nesta terça-feira que não há evidências de fraude eleitoral durante as eleições de 2016, depois de o presidente do país, Donald Trump , ter voltado a afirmar que milhões de imigrantes ilegais votaram na candidata derrotada, a democrata Hillary Clinton.
As declarações do líder republicano ocorrem um dia depois de Trump ter afirmado a Ryan e outros líderes do Congresso, em reunião na Casa Branca, que perdeu no voto popular porque 5 milhões de "ilegais" votaram na ex-secretária de Estado.
"Não vi nenhuma evidência nesse sentido. Digo isso muito claramente", afirmou Ryan, reiterando sua posição sobre as alegações de Trump de que houve uma fraude eleitoral no país.
Trump venceu o pleito com 304 votos no colégio eleitoral contra 227 de Hillary, mas a ex-primeira-dama obteve quase 3 milhões de votos a mais que o republicano em todo o país.
"Além de vencer no Colégio Eleitoral por muito, ganhei no voto popular se diminuírem as milhões de pessoas que votaram ilegalmente", disse Trump pelo Twitter.
Apesar de várias comissões eleitorais e outros funcionários do governo terem reiterado que a informação não é verdadeira, o multimilionário segue semeando dúvidas sobre o pleito.
O senador republicano Lindsey Graham chegou a pedir que Trump deixe de insistir na fraude eleitoral. "Peço ao presidente: compartilhe conosco a informação que tem sobre isso ou deixe de dizê-lo", indicou.
"De fato, gostaria que fizesse mais que deixasse de dizê-lo, gostaria que (Trump) dissesse: 'Após analisar, tenho certeza que as eleições foram justas e as pessoas votaram legalmente", completou o senador.