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Rússia seguirá fornecendo gás à Turquia

Apesar das sanções econômicas adotadas contra a Turquia após a queda de avião russo, Rússia diz que não abre mão de gasoduto Turkish Stream

Turquia: o país recebe de Moscou mais de 50% de suas necessidades de gás (Murad Sezer / Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 28 de dezembro de 2015 às 14h52.

Moscou - A Rússia anunciou nesta segunda-feira que seguirá fornecendo gás à Turquia apesar das sanções econômicas adotadas contra Ancara após a queda de um avião militar pelos turcos e afirmou que não abre mão do estratégico gasoduto Turkish Stream.

"A Rússia tem gás, que é suficientemente barato, e dispõe da infraestrutura necessária, por isso que estamos dispostos a fornecer gás e a aumentar os volumes", declarou o ministro da Energia russo, Aleksandr Novak, à televisão pública de seu país.

Apesar da atual tensão nas relações entre ambos países, Novak ressaltou que "a cooperação econômica e comercial deve continuar".

A Turquia, o quinto parceiro comercial da Rússia até a entrada em vigor das sanções, recebe de Moscou mais de 50% de suas necessidades de gás -cerca de 30 bilhões de metros cúbicos-, além de um terço de suas importações de petróleo.

Antes da explosão da crise, Ancara se dirigiu ao consórcio russo Gazprom para que aumentasse o bombeamento em vários bilhões de metros cúbicos.

Por sua vez, Novak se mostrou confiante que finalmente será realizado o projeto Turkish Stream, que deve fornecer gás russo ao sul da Europa através do Mar Negro e território turco, evitando assim o trânsito através da Ucrânia.

"Se nossos colegas estiverem interessados na realização do projeto, continuaremos com as conversas", disse o ministro, em alusão ao fato de que neste momento o Turkish Stream está congelado com a suspensão dos trabalhos da comissão intergovernamental.

Além disso, afirmou que a chave do projeto está em mãos da União Europeia e de sua decisão de construir novos gasodutos na Europa Central e Sudeste, condição imprescindível para receber o gás russo na fronteira greco-turca.

Este gasoduto, que tinha que entrar em funcionamento em 2019, deve substituir o South Stream, ao qual o consórcio russo Gazprom renunciou perante a oposição da União Europeia ao projeto.

A Rússia, que tinha previsto levar até a fronteira greco-turca o gás que transita agora pela Ucrânia, esperava receber em breve a autorização para iniciar os trabalhos de projeção do estratégico gasoduto a fim de tender o primeiro fio em dezembro de 2016.

Contudo, as negociações já tinham se complicado depois que Ancara exigiu a Moscou um desconto no preço do gás antes de assinar o acordo.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, assinou hoje um decreto pelo qual estende as sanções econômicas impostas à Turquia a empresas controladas por cidadãos turcos independentemente de sua localização.

Como represália pelo derrubamento do avião, Putin já tinha ordenado adotar sanções contra a Turquia como a suspensão de voos charter, a imposição de vistos, o congelamento de acordos comerciais e o embargo a verduras e frutas.

"Nosso propósito não é renunciar totalmente à cooperação com a Turquia. Consideramos que é preciso dar uma resposta adequada às ações hostis", disse hoje o vice-primeiro-ministro russo, Arkadi Dvorkovich.

Segundo Dvorkovich, Moscou manterá esta política até Ancara se desculpar pelo derrubamento do avião russo na fronteira turco-síria.

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Moscou - A Rússia anunciou nesta segunda-feira que seguirá fornecendo gás à Turquia apesar das sanções econômicas adotadas contra Ancara após a queda de um avião militar pelos turcos e afirmou que não abre mão do estratégico gasoduto Turkish Stream.

"A Rússia tem gás, que é suficientemente barato, e dispõe da infraestrutura necessária, por isso que estamos dispostos a fornecer gás e a aumentar os volumes", declarou o ministro da Energia russo, Aleksandr Novak, à televisão pública de seu país.

Apesar da atual tensão nas relações entre ambos países, Novak ressaltou que "a cooperação econômica e comercial deve continuar".

A Turquia, o quinto parceiro comercial da Rússia até a entrada em vigor das sanções, recebe de Moscou mais de 50% de suas necessidades de gás -cerca de 30 bilhões de metros cúbicos-, além de um terço de suas importações de petróleo.

Antes da explosão da crise, Ancara se dirigiu ao consórcio russo Gazprom para que aumentasse o bombeamento em vários bilhões de metros cúbicos.

Por sua vez, Novak se mostrou confiante que finalmente será realizado o projeto Turkish Stream, que deve fornecer gás russo ao sul da Europa através do Mar Negro e território turco, evitando assim o trânsito através da Ucrânia.

"Se nossos colegas estiverem interessados na realização do projeto, continuaremos com as conversas", disse o ministro, em alusão ao fato de que neste momento o Turkish Stream está congelado com a suspensão dos trabalhos da comissão intergovernamental.

Além disso, afirmou que a chave do projeto está em mãos da União Europeia e de sua decisão de construir novos gasodutos na Europa Central e Sudeste, condição imprescindível para receber o gás russo na fronteira greco-turca.

Este gasoduto, que tinha que entrar em funcionamento em 2019, deve substituir o South Stream, ao qual o consórcio russo Gazprom renunciou perante a oposição da União Europeia ao projeto.

A Rússia, que tinha previsto levar até a fronteira greco-turca o gás que transita agora pela Ucrânia, esperava receber em breve a autorização para iniciar os trabalhos de projeção do estratégico gasoduto a fim de tender o primeiro fio em dezembro de 2016.

Contudo, as negociações já tinham se complicado depois que Ancara exigiu a Moscou um desconto no preço do gás antes de assinar o acordo.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, assinou hoje um decreto pelo qual estende as sanções econômicas impostas à Turquia a empresas controladas por cidadãos turcos independentemente de sua localização.

Como represália pelo derrubamento do avião, Putin já tinha ordenado adotar sanções contra a Turquia como a suspensão de voos charter, a imposição de vistos, o congelamento de acordos comerciais e o embargo a verduras e frutas.

"Nosso propósito não é renunciar totalmente à cooperação com a Turquia. Consideramos que é preciso dar uma resposta adequada às ações hostis", disse hoje o vice-primeiro-ministro russo, Arkadi Dvorkovich.

Segundo Dvorkovich, Moscou manterá esta política até Ancara se desculpar pelo derrubamento do avião russo na fronteira turco-síria.

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