Rússia reage com alívio diante da reeleição de Obama
O país espera dar continuidade ao chamado processo de "reinício" das relações bilaterais com os EUA
Da Redação
Publicado em 7 de novembro de 2012 às 09h37.
Moscou - A maioria dos parlamentares e analistas políticos russos reagiram nesta quarta-feira com alívio diante da notícia da reeleição de Barack Obam a à Presidência dos Estados Unidos, da qual esperam dar continuidade ao chamado processo de "reinício" das relações bilaterais entre ambos os países.
"A política externa dos EUA com o reeleição de Obama responderá ao princípio de "estímulo-resposta", com o que será de fato imprevisível. (...) Mas há estímulos para darmos continuidade ao "reinício", como os crescentes problemas globais que nem os EUA e nem a Rússia podem solucionar só", afirmou o senador russo, Mikhail Marguelov.
O chefe do comitê de Assuntos Internacionais do Conselho da Federação (Senado), citado pela agência "Interfax", lembrou que nos Estados Unidos, tradicionalmente, os presidentes que aspiram à reeleição possuem vantagem em relação aos aspirantes.
Neste aspecto, Marguelov ressaltou que, na atualidade, "a política externa perdeu suas bases teóricas sólidas e já não pode ser levada nem com receitas (doutrina) da "realpolitik" e nem com os princípios liberais".
"Obama deixou para o segundo mandato uma situação complexa em sua política externa, que tem a ver com as consequências da Primavera Árabe, Irã, Afeganistão e Síria, além das relações com a Europa e a China", observou o senador.
Para o deputado da Duma (câmara baixa do Parlamento) Alexei Pushkov, a vitória de Obama indica "uma importante derrota da direita nos Estados Unidos".
O chefe do Comitê Internacional da Duma manifestou a esperança que "os Estados Unidos evitarão recorrer unicamente à força em sua política externa e não tratarão de reconstruir de forma agressiva o mundo unipolar".
O comunista Leonid Kalashnikov, vice-presidente do Comitê Internacional, é pessimista e acredita que o processo de "reinício" das relações diplomáticas, iniciado no primeiro mandato de Obama depois que ambos os países se afastassem durante a Presidência de Bush, seguirá um roteiro de acordo com os interesses dos EUA.
"Embora atue "com força branda, Obama não fará concessões à Rússia na questão do desdobramento do escudo antimísseis em países da Europa do Leste, o mesmo que os Estados Unidos empregam em direção aos países que não são seus parceiros", declarou Kalashnikov.
No entanto, a maioria dos analistas políticos acredita que as relações bilaterais entre Moscou e Washington continuarão melhorando nos próximos anos e, inclusive, no que se refere aos escudos antimísseis, principal empecilho na diplomacia entre os dois países.
"A reeleição de Obama terá um reflexo positivo nas relações entre Rússia e Estados Unidos. Obama esteve limitado no desenvolvimento das relações com Moscou no último ano porque esse tema era objeto de duras críticas por parte dos conservadores", declarou o diretor do Instituto de Pesquisas Políticas, Sergei Markov.
O presidente do Centro de Tecnologias Políticas, Igor Bunin, lembrou que Obama já afirmou anteriormente que buscaria um acordo com Moscou em relação às defesas antimísseis caso fosse reeleito.
Moscou - A maioria dos parlamentares e analistas políticos russos reagiram nesta quarta-feira com alívio diante da notícia da reeleição de Barack Obam a à Presidência dos Estados Unidos, da qual esperam dar continuidade ao chamado processo de "reinício" das relações bilaterais entre ambos os países.
"A política externa dos EUA com o reeleição de Obama responderá ao princípio de "estímulo-resposta", com o que será de fato imprevisível. (...) Mas há estímulos para darmos continuidade ao "reinício", como os crescentes problemas globais que nem os EUA e nem a Rússia podem solucionar só", afirmou o senador russo, Mikhail Marguelov.
O chefe do comitê de Assuntos Internacionais do Conselho da Federação (Senado), citado pela agência "Interfax", lembrou que nos Estados Unidos, tradicionalmente, os presidentes que aspiram à reeleição possuem vantagem em relação aos aspirantes.
Neste aspecto, Marguelov ressaltou que, na atualidade, "a política externa perdeu suas bases teóricas sólidas e já não pode ser levada nem com receitas (doutrina) da "realpolitik" e nem com os princípios liberais".
"Obama deixou para o segundo mandato uma situação complexa em sua política externa, que tem a ver com as consequências da Primavera Árabe, Irã, Afeganistão e Síria, além das relações com a Europa e a China", observou o senador.
Para o deputado da Duma (câmara baixa do Parlamento) Alexei Pushkov, a vitória de Obama indica "uma importante derrota da direita nos Estados Unidos".
O chefe do Comitê Internacional da Duma manifestou a esperança que "os Estados Unidos evitarão recorrer unicamente à força em sua política externa e não tratarão de reconstruir de forma agressiva o mundo unipolar".
O comunista Leonid Kalashnikov, vice-presidente do Comitê Internacional, é pessimista e acredita que o processo de "reinício" das relações diplomáticas, iniciado no primeiro mandato de Obama depois que ambos os países se afastassem durante a Presidência de Bush, seguirá um roteiro de acordo com os interesses dos EUA.
"Embora atue "com força branda, Obama não fará concessões à Rússia na questão do desdobramento do escudo antimísseis em países da Europa do Leste, o mesmo que os Estados Unidos empregam em direção aos países que não são seus parceiros", declarou Kalashnikov.
No entanto, a maioria dos analistas políticos acredita que as relações bilaterais entre Moscou e Washington continuarão melhorando nos próximos anos e, inclusive, no que se refere aos escudos antimísseis, principal empecilho na diplomacia entre os dois países.
"A reeleição de Obama terá um reflexo positivo nas relações entre Rússia e Estados Unidos. Obama esteve limitado no desenvolvimento das relações com Moscou no último ano porque esse tema era objeto de duras críticas por parte dos conservadores", declarou o diretor do Instituto de Pesquisas Políticas, Sergei Markov.
O presidente do Centro de Tecnologias Políticas, Igor Bunin, lembrou que Obama já afirmou anteriormente que buscaria um acordo com Moscou em relação às defesas antimísseis caso fosse reeleito.