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Rússia, Irã e Turquia definem como controlar cessar-fogo na Síria

Segundo o chefe da delegação russa, "falta apenas pactuar "alguns detalhes" do mecanismo

Síria: segundo chefe da Rússia, próximo encontro em Astana será realizado nos dias 15 e 16 de fevereiro (Khalil Ashawi/Reuters)
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EFE

Publicado em 6 de fevereiro de 2017 às 14h13.

Astana - Rússia, Irã e Turquia definiram nesta segunda-feira quase todos os aspectos do mecanismo de controle do cessar-fogo na Síria , durante uma reunião técnica realizada na capital do Cazaquistão, Astana, com a participação de representantes da ONU.

"Durante a primeira reunião nós praticamente estipulamos todo o projeto do grupo conjunto de controle para o acompanhamento do cessar-fogo. Acredito que em nosso próximo encontro assinaremos o documento", afirmou o general Stanislav Gadzhimagomedov, o chefe da delegação russa, em entrevista coletiva.

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De acordo com Gadzhimagomedov, falta apenas pactuar "alguns detalhes" do mecanismo, que os representantes dos três países deverão concordar com suas respectivas capitais.

Além disso, adiantou que o próximo encontro em Astana será realizado nos dias 15 e 16 de fevereiro, "ou seja, antes da reunião de Genebra" de 20 de fevereiro.

"As delegações confirmaram a vontade de continuar a cooperação em prol do pleno cumprimento do regime de cessação das hostilidades na Síria", explicou.

O representante russo detalhou que em Astana foram abordadas medidas "especiais" para que o mecanismo de controle garanta não só o cessar-fogo, mas permita prevenir qualquer provocação. Além disso, foram estudadas medidas de confiança e meios para garantir o acesso permanente da ajuda humanitária à população síria.

A ONU qualificou como "bem-sucedida" a reunião técnica do grupo de acompanhamento do cessar-fogo na Síria, criado por russos, turcos e iranianos como parte das negociações de paz entre o governo e a oposição síria realizadas em 23 e 24 de janeiro em Astana.

Os participantes das conversas desta segunda-feira na capital cazaque, entre os quais foi convidado um representante jordaniano, também abordaram o respeito da trégua pelos lados em conflito. O general russo elogiou a "notável" diminuição do número de violações do cessar-fogo na Jordânia nos últimos tempos.

Gadzhimagomedov também destacou que a reunião de Astana delimitou claramente as posições do Frente al Nusra a fim de separá-las da oposição armada síria, o que já foi feito no encontro anterior na capital cazaque em relação ao grupo jihadista Estado Islâmico.

A Chancelaria do Cazaquistão, o país anfitrião, ressaltou que os avanços conseguidos hoje provam que o formato de Astana funciona e ressaltou que pela primeira vez, além da Síria, outro país árabe, a Jordânia, participou das conversas.

O governo cazaque também expressou confiança que a "frágil" cessação do fogo se mantenha e destacou que a presença de representantes das Nações Unidas é ainda mais importante agora que o enviado da ONU, Staffan de Mistura, prepara o reatamento das negociações de paz em Genebra, estagnadas desde abril de 2016.

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