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Rússia espera acordo na ONU por resolução para Síria

Vice-chanceler disse que país não aceitará qualquer resolução que imponha medidas punitivas automáticas caso a Síria não cumpra com as obrigações previstas


	Chanceler sírio Walid Muallem e Sergei Ryabkov: "estamos satisfeitos que nossos apelos persistentes para o retorno dos especialistas da ONU à Síria para investigar outros episódios tenham dado fruto", disse russo
 (Sana/Handout via Reuters)

Chanceler sírio Walid Muallem e Sergei Ryabkov: "estamos satisfeitos que nossos apelos persistentes para o retorno dos especialistas da ONU à Síria para investigar outros episódios tenham dado fruto", disse russo (Sana/Handout via Reuters)

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Da Redação

Publicado em 24 de setembro de 2013 às 08h22.

Moscou - A Rússia espera que o Conselho de Segurança da ONU alcance um consenso esta semana para uma resolução dando apoio ao acordo que impõe a entrega das armas químicas da Síria, mas não há garantias, disse o vice-chanceler russo, Sergei Ryabkov, nesta terça-feira.

Ryabkov, falando no Parlamento russo antes de esperadas negociações à margem da Assembleia-Geral da ONU, reiterou que a Rússia não aceitará qualquer resolução que imponha medidas punitivas automáticas caso a Síria não cumpra com as obrigações previstas no acordo sobre as armas químicas.

O vice-chanceler disse ainda que os investigadores de armas químicas da ONU devem retornar à Síria na quarta-feira para continuar a investigação sobre supostos ataques com essas armas no país.

"Estamos satisfeitos que nossos apelos persistentes para o retorno dos especialistas da ONU à Síria para investigar outros episódios tenham dado fruto", disse Ryabkov no Parlamento, referindo-se a supostos ataques com armas químicas diferentes de um em 21 de agosto, que foi alvo da primeira investigação dos especialistas.

"De acordo com as últimas informações, o grupo ... está partindo para Damasco amanhã, 25 de setembro", afirmou.

O primeiro relatório dos investigadores da ONU confirmou o uso de armas químicas nos arredores de Damasco em 21 de agosto, mas não apontou culpados. Potências ocidentais acusam o regime sírio de ter sido responsável, alegando que só as forças do presidente Bashar al-Assad possuem a tecnologia empregada no ataque.

Síria e Rússia dizem que os rebeldes que lutam contra o governo realizaram o ataque, com o objetivo de forçar uma intervenção estrangeira na guerra civil que já dura mais de dois anos e meio.

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