Rússia diz que acordo final na Ucrânia está perto
Acordo preliminar de cessar-fogo entre o governo e os líderes dos grupos rebeldes ainda estava pendente de ser assinado
Da Redação
Publicado em 5 de dezembro de 2014 às 11h10.
Basileia - O ministro de Relações Exteriores da Rússia , Serguei Lavrov, disse nesta quinta-feira que as partes beligerantes no conflito do leste da Ucrânia estão perto de um acordo final para um cessar-fogo e que a questão mais difícil de resolver tem a ver com a linha de separação entre elas.
"O cessar-fogo foi declarado e resultou em uma acentuada redução da violência, mas não levou ao silêncio (das armas)", declarou.
"Agora, as conversas estão acontecendo diretamente no terreno", acrescentou, e seu objetivo é acertar o traçado da referida linha para separar as partes beligerantes, a partir da qual se deveria retirar o armamento pesado para uma distância de 15 quilômetros de cada lado.
Um acordo preliminar de cessar-fogo entre o governo e os líderes dos grupos rebeldes, que deveria entrar em vigor no dia 9, foi anunciado ontem, mas se confirmou também que este ainda estava pendente de ser assinado.
"Não é fácil, mas penso que agora se está perto de um acordo", sustentou Lavrov em entrevista coletiva durante a conferência ministerial da Organização para Segurança e a Cooperação na Europa (Osce).
A Rússia recebeu ontem críticas na sessão inaugural deste fórum por causa da anexação do território da Crimeia, em março passado, e seu apoio aos grupos separatistas que operam nas regiões de Donestk e Lugansk.
Para Lavrov, o Protocolo de Minsk, assinado em 5 de setembro, se mantém como o único acordo viável e que oferece as linhas de atuação para resolver a situação na Ucrânia.
Esse documento estabelece um cessar-fogo, o início da descentralização do país e a libertação de prisioneiros, entre seus pontos mais importantes.
Por outro lado, Lavrov criticou a intenção dos Estados Unidos de que a Rússia represente os grupos separatistas ucranianos nas próximas negociações.
"Eles querem que a Rússia fale em representação da milícia, mas é um enfoque totalmente baseado na ideologia e que procura nos culpar de tudo o que acontece", declarou.
Ele considerou que se se trata de implementar os pontos do Protocolo de Minsk, "não faz sentido fazê-lo sem a participação direta" dos representantes dos grupos rebeldes.
Lavrov acrescentou: "Os EUA se equivocam se pretendem convocar um fórum onde estejamos presentes como parte à qual se culpará pelo conflito".
O ministro russo também deu a entender que o governo do presidente ucraniano, Petro Poroshenko, descumpriu sua parte do Protocolo de Minsk, pois em vez de realizar uma reforma constitucional para a descentralização do país, decidiu desamarrar as regiões do leste do circuito econômico e financeiro nacional.
"Surpreende a decisão do presidente Poroshenko de cortar as regiões do leste do sistema financeiro e econômico, deixá-las sem previdência, nem subsídio, excluí-las da grivna (a moeda nacional)", comentou.
Basileia - O ministro de Relações Exteriores da Rússia , Serguei Lavrov, disse nesta quinta-feira que as partes beligerantes no conflito do leste da Ucrânia estão perto de um acordo final para um cessar-fogo e que a questão mais difícil de resolver tem a ver com a linha de separação entre elas.
"O cessar-fogo foi declarado e resultou em uma acentuada redução da violência, mas não levou ao silêncio (das armas)", declarou.
"Agora, as conversas estão acontecendo diretamente no terreno", acrescentou, e seu objetivo é acertar o traçado da referida linha para separar as partes beligerantes, a partir da qual se deveria retirar o armamento pesado para uma distância de 15 quilômetros de cada lado.
Um acordo preliminar de cessar-fogo entre o governo e os líderes dos grupos rebeldes, que deveria entrar em vigor no dia 9, foi anunciado ontem, mas se confirmou também que este ainda estava pendente de ser assinado.
"Não é fácil, mas penso que agora se está perto de um acordo", sustentou Lavrov em entrevista coletiva durante a conferência ministerial da Organização para Segurança e a Cooperação na Europa (Osce).
A Rússia recebeu ontem críticas na sessão inaugural deste fórum por causa da anexação do território da Crimeia, em março passado, e seu apoio aos grupos separatistas que operam nas regiões de Donestk e Lugansk.
Para Lavrov, o Protocolo de Minsk, assinado em 5 de setembro, se mantém como o único acordo viável e que oferece as linhas de atuação para resolver a situação na Ucrânia.
Esse documento estabelece um cessar-fogo, o início da descentralização do país e a libertação de prisioneiros, entre seus pontos mais importantes.
Por outro lado, Lavrov criticou a intenção dos Estados Unidos de que a Rússia represente os grupos separatistas ucranianos nas próximas negociações.
"Eles querem que a Rússia fale em representação da milícia, mas é um enfoque totalmente baseado na ideologia e que procura nos culpar de tudo o que acontece", declarou.
Ele considerou que se se trata de implementar os pontos do Protocolo de Minsk, "não faz sentido fazê-lo sem a participação direta" dos representantes dos grupos rebeldes.
Lavrov acrescentou: "Os EUA se equivocam se pretendem convocar um fórum onde estejamos presentes como parte à qual se culpará pelo conflito".
O ministro russo também deu a entender que o governo do presidente ucraniano, Petro Poroshenko, descumpriu sua parte do Protocolo de Minsk, pois em vez de realizar uma reforma constitucional para a descentralização do país, decidiu desamarrar as regiões do leste do circuito econômico e financeiro nacional.
"Surpreende a decisão do presidente Poroshenko de cortar as regiões do leste do sistema financeiro e econômico, deixá-las sem previdência, nem subsídio, excluí-las da grivna (a moeda nacional)", comentou.