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Rússia convida países a trocar informações sobre jihadistas

O presidente russo, Vladimir Putin, espera que novos participantes passem a integrar o mecanismo de coordenação

Vladimir Putin: "Agora, o importante é a troca total de informações, assunto tratado ontem na reunião com o presidente dos EUA. As demais decisões serão tomadas de acordo com a evolução da situação" (Aleksey Nikolskyi/RIA Novosti/Kremlin/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 29 de setembro de 2015 às 10h26.

Moscou - A Rússia convidou nesta segunda-feira mais países a se unirem ao centro de informações para a luta contra os grupos jihadistas do Oriente Médio , um esforço criado recentemente com o apoio da Síria, Irã e Iraque.

O presidente russo, Vladimir Putin, espera que novos participantes passem a integrar o mecanismo de coordenação, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, à imprensa local.

"Putin disse que esse centro não é uma entidade fechada, mas absolutamente aberta para os demais membros da coalizão (internacional liderada pelos Estados Unidos)", disse Peskov sobre o discurso do presidente na Assembleia-Geral da ONU ontem.

"Agora, o importante é a troca total de informações, assunto tratado ontem na reunião com o presidente dos EUA (Barack Obama). As demais decisões serão tomadas de acordo com a evolução da situação", indicou o porta-voz do Kremlin.

Peskov destacou que a Rússia convidou especialistas e militares americanos a partir do centro de análise de informações, que está instalado em Bagdá, capital do Iraque.

"Infelizmente, eles (os americanos) não participaram de suas primeiras atividades, das primeiras reuniões", afirmou.

Após a reunião realizada entre Putin e Obama, o porta-voz disse que "existe uma certa disposição a cooperar para a resolução das crises mais graves, como é o caso sírio".

"O potencial de diálogo, certamente, é muito mais amplo que o atual nível de interação. As relações russo-americanas não estão em seu melhor momento", admitiu Peskov.

Segundo fontes oficiais, o centro de coordenação de Bagdá será dedicado à "obtenção, tratamento, resumo e análise da informação sobre a situação na região do Oriente Médio, principalmente para a luta contra o Estado Islâmico (EI). Depois, elas serão enviadas aos Estados-Maiores dos quatro países participantes da iniciativa.

Em seu primeiro discurso na ONU após dez anos de ausência, Putin propôs a criação de uma "ampla coalizão internacional" para lutar contra o terrorismo, similar à criada para combater Hitler e o nazismo durante a Segunda Guerra Mundial.

"Os países muçulmanos têm que ter um papel-chave na coalizão", disse Putin, destacando que, atualmente, o Exército sírio e as milícias curdas são "os únicos que estão verdadeiramente lutando contra organizações terroristas na Síria".

O presidente russo classificou como um "enorme erro" negar uma cooperação com o "governo legítimo" de Bashar al Assad. Já os EUA e outros aliados defendem que o presidente renuncie para dar início a uma transição política no país.

Depois de se reunir com Obama, Putin descartou que a Rússia irá enviar tropas ao país, apesar de unidades especiais e equipes militares russas terem chegado ao território sírios nas últimas semana, conforme a imprensa local e internacional.

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Moscou - A Rússia convidou nesta segunda-feira mais países a se unirem ao centro de informações para a luta contra os grupos jihadistas do Oriente Médio , um esforço criado recentemente com o apoio da Síria, Irã e Iraque.

O presidente russo, Vladimir Putin, espera que novos participantes passem a integrar o mecanismo de coordenação, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, à imprensa local.

"Putin disse que esse centro não é uma entidade fechada, mas absolutamente aberta para os demais membros da coalizão (internacional liderada pelos Estados Unidos)", disse Peskov sobre o discurso do presidente na Assembleia-Geral da ONU ontem.

"Agora, o importante é a troca total de informações, assunto tratado ontem na reunião com o presidente dos EUA (Barack Obama). As demais decisões serão tomadas de acordo com a evolução da situação", indicou o porta-voz do Kremlin.

Peskov destacou que a Rússia convidou especialistas e militares americanos a partir do centro de análise de informações, que está instalado em Bagdá, capital do Iraque.

"Infelizmente, eles (os americanos) não participaram de suas primeiras atividades, das primeiras reuniões", afirmou.

Após a reunião realizada entre Putin e Obama, o porta-voz disse que "existe uma certa disposição a cooperar para a resolução das crises mais graves, como é o caso sírio".

"O potencial de diálogo, certamente, é muito mais amplo que o atual nível de interação. As relações russo-americanas não estão em seu melhor momento", admitiu Peskov.

Segundo fontes oficiais, o centro de coordenação de Bagdá será dedicado à "obtenção, tratamento, resumo e análise da informação sobre a situação na região do Oriente Médio, principalmente para a luta contra o Estado Islâmico (EI). Depois, elas serão enviadas aos Estados-Maiores dos quatro países participantes da iniciativa.

Em seu primeiro discurso na ONU após dez anos de ausência, Putin propôs a criação de uma "ampla coalizão internacional" para lutar contra o terrorismo, similar à criada para combater Hitler e o nazismo durante a Segunda Guerra Mundial.

"Os países muçulmanos têm que ter um papel-chave na coalizão", disse Putin, destacando que, atualmente, o Exército sírio e as milícias curdas são "os únicos que estão verdadeiramente lutando contra organizações terroristas na Síria".

O presidente russo classificou como um "enorme erro" negar uma cooperação com o "governo legítimo" de Bashar al Assad. Já os EUA e outros aliados defendem que o presidente renuncie para dar início a uma transição política no país.

Depois de se reunir com Obama, Putin descartou que a Rússia irá enviar tropas ao país, apesar de unidades especiais e equipes militares russas terem chegado ao território sírios nas últimas semana, conforme a imprensa local e internacional.

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