Rússia contesta acusação de que rebeldes abateram avião
Ministério da Defesa russo disse que jatos de combate ucranianos voavam próximo da aeronave de passageiros
Da Redação
Publicado em 21 de julho de 2014 às 11h54.
Moscou - O Ministério da Defesa russo contestou as acusações de que separatistas pró-Rússia foram os responsáveis pelo abate do avião da Malásia no leste da Ucrânia e disse que jatos de combate ucranianos voavam próximo da aeronave de passageiros.
Um total de 298 passageiros a bordo do avião da Malaysia Arlines morreu quando o aparelho foi derrubado no leste da Ucrânia na quinta-feira.
O Ministério da Defesa russo também rechaçou as acusações feitas pelos Estados Unidos e o governo ucraniano de que a Rússia forneceu sistemas antiaéreos BUK SA-11 ou "qualquer outro armamento" aos rebeldes separatistas.
"Os sistemas russos de controle do espaço aéreo detectaram um avião da Força Aérea ucraniana, presumivelmente um SU-25 (jato de combate), seguindo na direção do Boeing da Malásia", disse o general Igor Makushev, das Forças Aéreas da Rússia, em um contato com a imprensa.
"A distância do SU-25 do Boeing era de 3 a 5 quilômetros", afirmou ele.
Um outro oficial, general Andrei Kartopolov, desafiou os Estados Unidos a apresentarem imagens de satélite para endossar suas afirmações de que houve um lançamento de mísseis por parte dos rebeldes.
Respondendo à acusação da Rússia, uma fonte do setor de segurança ucraniano reafirmou a posição do governo do país de que rebeldes pró-Rússia no leste do país receberam da Rússia um sistema de mísseis BUK-M1 (SA-11), guiado por radar, e provavelmente a arma veio com uma equipe.
"O Serviço de Segurança Ucraniano tinha divulgado anteriormente a informação de que os militantes estavam negociando a entrega à Rússia de sistemas BUK", disse a fonte à Reuters.