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Rússia condena inauguração de instalações nucleares do Irã

Segundo a Rússia, a inauguração não favorece o estabelecimento da confiança necessária nas negociações sobre o polêmico programa nuclear


	Fereydoon Abbasi Davani, chefe da Organização de Energia Atômica do Irã, em Teerã: Irã inaugurou na terça-feira duas minas de extração de urânio para abastecer um novo complexo
 (AFP)

Fereydoon Abbasi Davani, chefe da Organização de Energia Atômica do Irã, em Teerã: Irã inaugurou na terça-feira duas minas de extração de urânio para abastecer um novo complexo (AFP)

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Da Redação

Publicado em 12 de abril de 2013 às 09h02.

Moscou - A Rússia condenou a inauguração de novas minas e de um complexo de produção de urânio no Irã, que não favorece o estabelecimento da confiança necessária nas negociações sobre este polêmico programa nuclear, afirmou nesta sexta-feira o ministério das Relações Exteriores russo, citado pela agência Interfax.

"Do nosso ponto de vista, o reforço por parte do Irã de sua atividade de desenvolvimento de seu programa nuclear não favorece um clima de compreensão mútua e de confiança entre o grupo 5+1 e o Irã, tão importante para que as negociações prossigam", declarou o serviço de imprensa do ministério.

Os iranianos "não ocultam seu projeto de aumentar as capacidades de extração de urânio". Isto "não está fora do âmbito do tratado de não-proliferação nuclear nem encontra-se sob o efeito das resoluções do Conselho de Segurança nem do Conselho dos diretores da AIEA", a agência internacional de energia atômica, disse Moscou.

O Irã inaugurou na terça-feira duas minas de extração de urânio para abastecer um novo complexo de produção de concentrado de urânio (yellow cake), mais um passo em seu polêmico programa nuclear.

As grandes potências ocidentais e Israel suspeitam que o Irã utiliza urânio enriquecido para tentar fabricar uma arma atômica se ocultando em seu programa nuclear civil. A república islâmica nega a acusação categoricamente.

O diálogo sobre o programa nuclear iraniano com o grupo 5+1 (Estados Unidos, França, Reino Unido, Rússia, China e Alemanha) foi retomado em fevereiro, após oito meses de suspensão. Até o momento não obteve sucesso.

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