Manifestação pró-Russia em frente ao escritório do serviço de segurança do estado de SBU, em Luhansk, no leste da Ucrânia (Shamil Zhumatov/Reuters)
Da Redação
Publicado em 21 de abril de 2014 às 17h46.
Moscou - O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, acusou nesta segunda-feira o governo interino da Ucrânia de uma "flagrante violação" ao acordo assinado na semana passada em Genebra por não desarmar imediatamente os "extremistas" que atuam no país.
Da mesma forma, a Ucrânia acusou as forças pró-Rússia que tomaram o controle de 10 cidades no leste do país de não cumprir um acordo para desocupar os prédios públicos e remover os obstáculos na região.
"As reclamações estão sendo feitas contra os insurgentes que ocupam os edifícios, mas as autoridades da Ucrânia não fizeram nada, não levantaram um dedo sequer, para acabar com as causas da profunda crises interna", disse Lavrov.
"Não é justo que o acordo de Genebra seja desrespeitado, mas medidas em flagrante violação dos termos do pacto estão sendo tomadas, principalmente por aqueles que assumiram o poder em Kiev", acrescentou o ministro russo.
Lavrov disse que o tiroteio da manhã de ontem na periferia de uma cidade no leste da Ucrânia, que vitimou ao menos 3 pessoas, é um sinal claro de que Kiev é "incapaz ou relutante de controlar os extremistas".
A Rússia acusou o grupo ultranacionalista Setor de Direita pelo incidente do Domingo de Páscoa e tem dito repetidamente que a Ucrânia foi invadida por fascistas armados que ameaçam os direitos dos russos étnicos, embora haja pouca evidência de intimidação dessa parte da população.
Autoridades ucranianas e representantes do grupo ultranacionalista negaram qualquer participação no tiroteio, culpando a Rússia de provocá-lo para minar o acordo de Genebra e justificar uma futura invasão. Fonte: Dow Jones Newswires.