Rússia acusa rebeldes de usar armas químicas em Aleppo
Segundo comunicado do exército russo, foram encontradas munições pertencentes aos terroristas que continham substâncias tóxicas
AFP
Publicado em 11 de novembro de 2016 às 09h26.
O exército russo afirmou nesta sexta-feira ter provas de que os rebeldes usam armas químicas em Aleppo, a segunda maior cidade da Síria, dividida entre os bairros da zona leste sob controle do governo e os bairros do oeste sob poder dos insurgentes.
"Os especialistas do ministério russo da Defesa encontraram munições de artilharia que não explodiram pertencentes aos terroristas que contêm substâncias tóxicas", afirma o exército russo em um comunicado.
"Depois de uma análise rápida em um laboratório, constatamos que as munições contêm, muito provavelmente, gás de cloro e fósforo branco", completa a nota.
As munições estavam, segundo o exército russo, na zona "1070", no subúrbio sudoeste de Aleppo.
As forças governamentais retomaram o controle da área dos insurgentes recentemente, de acordo com a agência russa Interfax.
O ministério da Defesa russo anunciou um estudo minucioso das substâncias em colaboração com a Organização para a Proibição de Armas Químicas (OIAC).
No fim de outubro, a imprensa síria pró-governo acusou os grupos rebeldes pelo uso de "gás tóxico" na ofensiva na região de Aleppo.