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Repórter diz que Strauss-Kahn propôs entrevista em troca de sexo

Jornalista afirmou ao jornal The Times que o diretor-gerente do FMI a chamou para "um fim de semana com ele em Paris ou em outro lugar" em troca da entrevista

Dominique Strauss-Kahn, durante audiência em Nova York: mais acusações (Getty Images)

Dominique Strauss-Kahn, durante audiência em Nova York: mais acusações (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 18 de maio de 2011 às 14h58.

Londres - Uma repórter de um jornal europeu afirma que o responsável do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn, acusado de delitos sexuais contra uma camareira em Nova York, propôs conceder uma entrevista em troca de favores sexuais.

Em declarações publicadas nesta quarta-feira no britânico "The Times", a jornalista relata como o ex-ministro de Finanças francês, detido no sábado passado em Nova York, se aproximou dela após uma coletiva.

"Ele conseguiu meu número de telefone através de sua embaixada ou mesmo do Instituto Francês e passou a me ligar dizendo: 'Se me deixar, terá sua entrevista", assinala a mulher, que o jornal deu o nome fictício de "Martina".

A jornalista indica que o responsável do FMI quis ir até seu local de trabalho, que ela recusou, e acrescenta que Strauss-Kahn "quase implorou" e desligou o telefone.

Em novembro do ano passado, dois anos depois desse primeiro encontro com Strauss-Kahn, quando ela estava grávida, o responsável do FMI se apresentou na cidade na qual a jornalista residia, segundo sua versão, e lhe disse que lhe concederia uma entrevista, embora para isso "tinha que passar um fim de semana com ele em Paris ou em outro lugar".

"Foi incrivelmente insistente... Disse quase de forma explícita que eu tinha que me deitar com ele para poder entrevistá-lo ", afirma a mulher.

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