Relatório sobre morte de Nisman aponta suicídio, diz site
Conclusões de relatório oficial sobre a morte do promotor apontam que ele teria cometido suicídio, segundo site argentino
Da Redação
Publicado em 12 de junho de 2015 às 18h03.
Buenos Aires - As conclusões do relatório criminalístico oficial sobre a morte do promotor Alberto Nisman apontam que ele teria cometido suicídio, informou o portal de notícias argentino "Infobae" nesta sexta-feira.
O documento que peritos da Polícia Federal do país entregaram à promotora que investiga o caso, Viviana Fein, diz que Nisman teria morrido "parado e olhando para o espelho".
Fontes da promotoria consultadas pela Agência Efe disseram que não podem dar informações sobre o relatório.
Nisman, que investigava o atentado terrorista à Associação Mutual Israelita Argentina (Amia) ocorrido em 1994, foi encontrado morto com um tiro na cabeça no banheiro de seu apartamento em Buenos Aires no dia 18 de janeiro deste ano.
Quatro dias antes, o promotor tinha acusado a presidente Cristina Kirchner de estar envolvida no encobrimento da participação de terroristas iranianos no ataque.
As conclusões da perícia oficial contradizem o relatório elaborado por especialistas contratados pela família de Nisman, que garantem que o promotor foi assassinado.
"Tudo isso, considerado de forma conjunta, indica que a hipótese mais provável é que Nisman teria ficado parado próximo à banheira, de frente para a pia, sobre o tapete, olhando para o espelho e com a lateral do dorso levemente perfilada em direção à porta no momento em que o disparo ocorreu" afirma o relatório, após a análise das manchas de sangue.
Já os peritos contratados pela família do promotor apontam que Nisman recebeu o tiro enquanto estava de joelhos.
A perícia oficial também afirma que foram observados "rastros e respingos" de sangue de Nisman "compatíveis com a retroprojeção gerada por disparo de arma de fogo efetuado à curta distância, o que indica proximidade de ambas as mãos ao ferimento".
Para os especialistas, o promotor cobriu sua mão direita com a esquerda, em apoio ou para empunhar a arma. Eles destacam também que não havia outra pessoa no local no momento do disparo, porque não foram encontrados rastros.
"Não foram visualizados padrões hemáticos de rastros ou pegadas que indiquem mudança, manipulação de objetos/estruturas ou deslocamento de pessoas pelo interior do banheiro", disseram.
Viviana não descartou nenhuma das hipóteses sob análise: suicídio, assassinato ou erro na manipulação da arma.
O chefe do Gabinete da Presidência da Argentina, Aníbal Fernández, citou hoje o assunto ao ressaltar que as perícias feitas no computador de Nisman mostram que não houve acessos remotos nem nenhum outro tipo de "intromissão" ao equipamento.
"Em segundo lugar, a promotora Viviana disse que a morte ocorreu sem ninguém mais estar dentro do banheiro, com a porta fechada, e isso se confirma", destacou Fernández.
Até agora, o único acusado no caso é o técnico em informática do promotor, Diego Lagomarsino, que entregou uma pistola a Nisman.
"Todos falam de três hipóteses, mas eu acrescentei uma quarta: e se estava brincando com ela (arma)?", disse ontem Lagomarsino em entrevista à emissora espanhola "TVE".
O analista afirmou que não foi ao apartamento do promotor no dia em que ele foi encontrado morto, e que se vê em uma situação difícil por "ter que repetir a todo momento" que não matou ninguém.
Lagomarsino revelou que, um mês depois da morte de Nisman, começou a se consultar com um padre.
"Aí me libertei por ele... sentia muita... não sei como explicar. Obviamente, seja bom ou ruim, se te tratou bem ou mal, é uma pessoa por quem tinha afeto, com quem trabalhei por muito tempo", concluiu.
Buenos Aires - As conclusões do relatório criminalístico oficial sobre a morte do promotor Alberto Nisman apontam que ele teria cometido suicídio, informou o portal de notícias argentino "Infobae" nesta sexta-feira.
O documento que peritos da Polícia Federal do país entregaram à promotora que investiga o caso, Viviana Fein, diz que Nisman teria morrido "parado e olhando para o espelho".
Fontes da promotoria consultadas pela Agência Efe disseram que não podem dar informações sobre o relatório.
Nisman, que investigava o atentado terrorista à Associação Mutual Israelita Argentina (Amia) ocorrido em 1994, foi encontrado morto com um tiro na cabeça no banheiro de seu apartamento em Buenos Aires no dia 18 de janeiro deste ano.
Quatro dias antes, o promotor tinha acusado a presidente Cristina Kirchner de estar envolvida no encobrimento da participação de terroristas iranianos no ataque.
As conclusões da perícia oficial contradizem o relatório elaborado por especialistas contratados pela família de Nisman, que garantem que o promotor foi assassinado.
"Tudo isso, considerado de forma conjunta, indica que a hipótese mais provável é que Nisman teria ficado parado próximo à banheira, de frente para a pia, sobre o tapete, olhando para o espelho e com a lateral do dorso levemente perfilada em direção à porta no momento em que o disparo ocorreu" afirma o relatório, após a análise das manchas de sangue.
Já os peritos contratados pela família do promotor apontam que Nisman recebeu o tiro enquanto estava de joelhos.
A perícia oficial também afirma que foram observados "rastros e respingos" de sangue de Nisman "compatíveis com a retroprojeção gerada por disparo de arma de fogo efetuado à curta distância, o que indica proximidade de ambas as mãos ao ferimento".
Para os especialistas, o promotor cobriu sua mão direita com a esquerda, em apoio ou para empunhar a arma. Eles destacam também que não havia outra pessoa no local no momento do disparo, porque não foram encontrados rastros.
"Não foram visualizados padrões hemáticos de rastros ou pegadas que indiquem mudança, manipulação de objetos/estruturas ou deslocamento de pessoas pelo interior do banheiro", disseram.
Viviana não descartou nenhuma das hipóteses sob análise: suicídio, assassinato ou erro na manipulação da arma.
O chefe do Gabinete da Presidência da Argentina, Aníbal Fernández, citou hoje o assunto ao ressaltar que as perícias feitas no computador de Nisman mostram que não houve acessos remotos nem nenhum outro tipo de "intromissão" ao equipamento.
"Em segundo lugar, a promotora Viviana disse que a morte ocorreu sem ninguém mais estar dentro do banheiro, com a porta fechada, e isso se confirma", destacou Fernández.
Até agora, o único acusado no caso é o técnico em informática do promotor, Diego Lagomarsino, que entregou uma pistola a Nisman.
"Todos falam de três hipóteses, mas eu acrescentei uma quarta: e se estava brincando com ela (arma)?", disse ontem Lagomarsino em entrevista à emissora espanhola "TVE".
O analista afirmou que não foi ao apartamento do promotor no dia em que ele foi encontrado morto, e que se vê em uma situação difícil por "ter que repetir a todo momento" que não matou ninguém.
Lagomarsino revelou que, um mês depois da morte de Nisman, começou a se consultar com um padre.
"Aí me libertei por ele... sentia muita... não sei como explicar. Obviamente, seja bom ou ruim, se te tratou bem ou mal, é uma pessoa por quem tinha afeto, com quem trabalhei por muito tempo", concluiu.