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Relatório denuncia condições de detenção de imigrantes no Reino Unido

O governo do primeiro-ministro conservador Rishi Sunak fez do combate à imigração irregular uma prioridade da sua gestão

Londres: inspetor-chefe das prisões britânicas, Charlie Taylor, denunciou condições de imigrantes (AFP/AFP)

Londres: inspetor-chefe das prisões britânicas, Charlie Taylor, denunciou condições de imigrantes (AFP/AFP)

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Agência de notícias

Publicado em 30 de abril de 2024 às 06h59.

O inspetor-chefe das prisões britânicas, Charlie Taylor, denuncia em um relatório divulgado nesta segunda-feira, 29, as condições de detenção dos imigrantes, principalmente crianças, em um aeroporto próximo a Londres.

“O aeroporto de Luton não tem capacidade para lidar com as demandas que enfrenta, e nos causa especial preocupação descobrir que crianças estão em salas de detenção abarrotadas com adultos" que não são seus familiares, aponta Taylor.

O governo do primeiro-ministro conservador Rishi Sunak fez do combate à imigração irregular uma prioridade da sua gestão. O Parlamento aprovou na semana passada uma lei polêmica que permite enviar os imigrantes sem documentos para Ruanda.

A maioria dos aeroportos britânicos possui centros de detenção onde são mantidos os imigrantes que chegam de avião ou são transferidos de outros centros. Mais de 17.400 imigrantes foram levados para esses centros entre junho e novembro de 2023.

Cerca de 3 mil pessoas foram enviadas nesse período para o centro de detenção do aeroporto de Luton, no norte de Londres. "O desafio mais urgente do Ministério do Interior é encontrar uma solução para as condições inaceitáveis em Luton”, ressalta Taylor no relatório, acrescentando que os imigrantes permanecem por muito tempo em instalações inadequadas para estadias longas. Cerca de 600 pessoas, incluindo seis crianças, ficaram retidas por mais de 24 horas em Luton.

Segundo uma porta-voz do Ministério do Interior, a dependência trabalha “para garantir que a permanência nas instalações seja o mais curta possível”, e "as pessoas detidas permanecem em condições seguras e decentes”.

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