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Reino Unido garante que manterá papel na ONU após Brexit

O embaixador britânico na ONU ressaltou que o Reino Unido "será sempre um membro permanente e líder do Conselho de Segurança da ONU"

Brexit: o embaixador destacou que seu país seguirá sendo uma "potência em Relações Exteriores, política de segurança e temas militares" (Luke MacGregor/Bloomberg)

Brexit: o embaixador destacou que seu país seguirá sendo uma "potência em Relações Exteriores, política de segurança e temas militares" (Luke MacGregor/Bloomberg)

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EFE

Publicado em 29 de março de 2017 às 17h54.

Nações Unidas - O Reino Unido assegurou nesta quarta-feira que seu papel nas Nações Unidas não mudará como resultado de sua saída da União Europeia (UE), e deixou claro que, enquanto continuar sendo membro do bloco, continuará cooperando com seus sócios comunitários.

"Vamos deixar a UE, mas não vamos deixar a Europa, muito menos vamos deixar o cenário internacional", disse aos jornalistas o embaixador britânico nas Nações Unidas, Matthew Rycroft, depois que seu governo ativou hoje o processo de dois anos para negociar com Bruxelas as condições do chamado "Brexit".

Rycroft ressaltou que o Reino Unido "será sempre um membro permanente e líder do Conselho de Segurança da ONU", órgão que preside este mês.

O embaixador destacou que seu país seguirá sendo uma "potência em Relações Exteriores, política de segurança e temas militares" e continuará tendo um papel-chave nas Nações Unidas.

Rycroft explicou que, enquanto negocia a saída da UE, o Reino Unido cumprirá suas obrigações em matéria de cooperação com os demais membros do bloco nas Nações Unidas.

Além disso, uma vez que deixe o bloco, seguirá compartilhando prioridades, segundo garantiu.

"Não vamos mudar de repente nossos valores ou nossos interesses. O Reino Unido seguirá em linha, tenho certeza, com nossos parceiros europeus", comentou Rycroft.

A primeira-ministra britânica, Theresa May, notificou hoje à UE o início do processo de saída do Reino Unido do bloco por meio de uma carta entregue ao presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk.

A líder conservadora confirmou ao parlamento que o Reino Unido invocou o artigo 50 do Tratado de Lisboa, que inicia os dois anos de negociações formais sobre os termos do "divórcio" britânico, que se materializará, se não houver uma extensão das conversas, em 29 de março de 2019.

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