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Regra do BNDES para aerogerador impõe metas ao produtor

Com nova regra, fabricantes precisam gradativamente elevar o conteúdo local usado na produção dos aerogeradores para que eles sejam financiáveis pelo BNDES

Aerogeradores em parque eólico no Rio Grande do Sul: com nova regra de nacionalização de componentes, o BNDES espera obter maior comprometimento das empresas com o aumento de processos no país
DR

Da Redação

Publicado em 13 de dezembro de 2012 às 15h38.

São Paulo - A alteração da metodologia para que fabricantes de geradores eólicos possam credenciar seus equipamentos como financiáveis pelo BNDES foi discutida com as empresas e busca estabelecer gradativamente um aumento dos processos realizados no país, informou o chefe do departamento de Fontes Alternativas do banco, Antonio Tovar.

A nova metodologia, divulgada no site do banco ao final da quarta-feira, passa a estabelecer o aumento gradativo do conteúdo local dos aerogeradores, com o cumprimento de metas a cada seis meses, e acaba com a exigência mínima de 60 por cento de nacionalização dos equipamentos.

"A gente imagina que com a nova metodologia, os fabricantes vão nacionalizar mais componentes de alto valor agregado e processos mais intensivos em mão-de-obra", disse Tovar, à Reuters, nesta quinta-feira.

"(A nova metodologia) vai reduzir o risco de o equipamento, ao final do projeto, não atender aos requisitos... Vamos ter um acompanhamento muito mais detalhado em termos de processo", completou.

A nova regra para credenciamento dos equipamentos vale para todos leilões de energia nova a partir do A-5 realizado em 2011 --e inclusive para o A-5 de sexta-feira--, e também para equipamentos destinados a novos parques que vendem energia para o mercado livre.


O banco de fomento chegou a suspender empresas fornecedoras de equipamentos para usinas eólicas da lista das habilitadas ao financiamento neste ano, depois que uma avaliação mostrou que nem todas cumpriam a exigência de nacionalização mínima de 60 por cento, conforme a regra antiga.

Essas empresas -- Acciona, Fuhrlander, Siemens, Suzlon e Vestas -- terão a opção de escolher entre a regra antiga e a nova para voltarem à lista do BNDES, no que diz respeito aos equipamentos para projetos de leilões já realizados, com exceção do A-5 de 2011.

"Alguns deles já preencheram os requisitos para voltar (antes da publicação da nova regra)", disse Tovar.

O representante do BNDES disse ainda que as novas regras foram discutidas com os 11 fabricantes de aerogeradores desde o início do segundo semestre e que desde setembro os fabricantes já conheciam praticamente todos os novos requisitos, que acataram algumas sugestões das empresas.

"O enfoque agora é muito mais qualitativo, ter processos críticos que, de fato, serão necessariamente conduzidos no Brasil", disse.


A nova metodologia para financiamento de aerogeradores eólicos estabelece um marco inicial para adesão dos fabricantes que são: fabricação das torres no Brasil com pelo menos 70 por cento das chapas de aço fabricadas aqui ou concreto armado nacional; fabricação de pás no Brasil em unidade própria ou de terceiros; montagem da nacelle (parte principal do aerogerador) no Brasil, em unidade própria; montagem do cubo (peça que envolve a nacelle) no Brasil, com fundido de procedência nacional.

"Desses quatro, o fabricante tem a opção de escolher pelo menos três no primeiro momento... e a cada seis meses, há o aumento progressivo das etapas", disse Tovar.

Segundo ele, muitas empresas no país já atendem a esses requisitos do marco inicial da nova metodologia, mas ele pondera: "O fato de atender hoje não significa que vai atender todos os marcos seguintes. Porque além de ter que atender ao primeiro, tem que atender a um compromisso gradativo de aumentar esses processos que são realizados no país".

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São Paulo - A alteração da metodologia para que fabricantes de geradores eólicos possam credenciar seus equipamentos como financiáveis pelo BNDES foi discutida com as empresas e busca estabelecer gradativamente um aumento dos processos realizados no país, informou o chefe do departamento de Fontes Alternativas do banco, Antonio Tovar.

A nova metodologia, divulgada no site do banco ao final da quarta-feira, passa a estabelecer o aumento gradativo do conteúdo local dos aerogeradores, com o cumprimento de metas a cada seis meses, e acaba com a exigência mínima de 60 por cento de nacionalização dos equipamentos.

"A gente imagina que com a nova metodologia, os fabricantes vão nacionalizar mais componentes de alto valor agregado e processos mais intensivos em mão-de-obra", disse Tovar, à Reuters, nesta quinta-feira.

"(A nova metodologia) vai reduzir o risco de o equipamento, ao final do projeto, não atender aos requisitos... Vamos ter um acompanhamento muito mais detalhado em termos de processo", completou.

A nova regra para credenciamento dos equipamentos vale para todos leilões de energia nova a partir do A-5 realizado em 2011 --e inclusive para o A-5 de sexta-feira--, e também para equipamentos destinados a novos parques que vendem energia para o mercado livre.


O banco de fomento chegou a suspender empresas fornecedoras de equipamentos para usinas eólicas da lista das habilitadas ao financiamento neste ano, depois que uma avaliação mostrou que nem todas cumpriam a exigência de nacionalização mínima de 60 por cento, conforme a regra antiga.

Essas empresas -- Acciona, Fuhrlander, Siemens, Suzlon e Vestas -- terão a opção de escolher entre a regra antiga e a nova para voltarem à lista do BNDES, no que diz respeito aos equipamentos para projetos de leilões já realizados, com exceção do A-5 de 2011.

"Alguns deles já preencheram os requisitos para voltar (antes da publicação da nova regra)", disse Tovar.

O representante do BNDES disse ainda que as novas regras foram discutidas com os 11 fabricantes de aerogeradores desde o início do segundo semestre e que desde setembro os fabricantes já conheciam praticamente todos os novos requisitos, que acataram algumas sugestões das empresas.

"O enfoque agora é muito mais qualitativo, ter processos críticos que, de fato, serão necessariamente conduzidos no Brasil", disse.


A nova metodologia para financiamento de aerogeradores eólicos estabelece um marco inicial para adesão dos fabricantes que são: fabricação das torres no Brasil com pelo menos 70 por cento das chapas de aço fabricadas aqui ou concreto armado nacional; fabricação de pás no Brasil em unidade própria ou de terceiros; montagem da nacelle (parte principal do aerogerador) no Brasil, em unidade própria; montagem do cubo (peça que envolve a nacelle) no Brasil, com fundido de procedência nacional.

"Desses quatro, o fabricante tem a opção de escolher pelo menos três no primeiro momento... e a cada seis meses, há o aumento progressivo das etapas", disse Tovar.

Segundo ele, muitas empresas no país já atendem a esses requisitos do marco inicial da nova metodologia, mas ele pondera: "O fato de atender hoje não significa que vai atender todos os marcos seguintes. Porque além de ter que atender ao primeiro, tem que atender a um compromisso gradativo de aumentar esses processos que são realizados no país".

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