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Refugiados em bases da ONU no Sudão do Sul são agora 75 mil

O Conselho de Segurança afirmou que a chegada do resto dos capacetes azuis acontecerá logo nas próximas semanas

Sul-sudaneses desabrigados: dos deslocados, 22 mil estão nas bases de Malakal, enquanto em Juba o número caiu de 17 mil, na semana passada, para oito mil (Anna Adhikari/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 30 de dezembro de 2013 às 20h54.

Nações Unidas - O atual presidente do Conselho de Segurança das Nações Unidas , o embaixador francês Gérard Araud, afirmou nesta segunda-feira que o número de civis refugiados em instalações da Missão da ONU no Sudão do Sul (UNMISS) já subiu para 75 mil.

Dos deslocados, 22 mil estão nas bases de Malakal, enquanto em Juba, a capital e maior cidade do país, o número caiu de 17 mil, na semana passada, para oito mil apontados pelas Nações Unidas, perante as expectativas de melhora da situação na área.

O Conselho de Segurança se reuniu hoje para avaliar a evolução do conflito e considerou que a situação é "muito trágica", ainda há "muitos enfrentamentos" em distintas regiões do país e segue havendo "torturas, assassinatos, desaparecimentos e violência com objetivo étnico".

Além disso, o Conselho de Segurança afirmou que a chegada do resto dos capacetes azuis acontecerá logo nas próximas semanas.

O secretário-geral ONU, Ban Ki-moon pediu ao Conselho de Segurança que o envio de capacetes azuis, que será feito nas próximas semanas, não seja realizado apenas com reforços das missões vizinhas.

Este pedido de Ban aconteceu depois que o exército congolês matou 34 rebeldes em vários ataques em Kinshasa, por isso a missão da ONU na República Democrática do Congo, uma das que ia ceder parte de suas tropas, tem que repensar a situação, embora "ainda não tenha tomado nenhuma decisão a respeito".

Do primeiro contingente de 73 policiais bengaleses que já chegaram ao Sudão do Sul, 24 foram enviados a Malakal, 37 a Bor, e o resto a Juba.

O próximo grupo de capacetes azuis será nepalês, mas não quiseram dar datas exatas já que, como afirmou a representante especial da ONU no Sudão do Sul, Hilde Johnson, há muito trabalho de fundo para que estas missões possam chegar ao país.

Ban falou na manhã de hoje com o presidente do Sudão do Sul, Salva Kiir, que reafirmou seu "compromisso com a cessação das hostilidades" e o encorajou a "considerar uma pronta libertação dos presos políticos".

O presidente do Conselho de Segurança mostrou, além disso, sua preocupação pela presença dos jovens armados da tribo sul-sudanesa Lou Nuer (conhecidos como "o Exército branco") ao norte da cidade de Bor (capital do estado de Jonglei) embora não pode confirmar "o tamanho ou a posição exata".

O presidente também afirmou que embora o exército sul-sudanes afirme que recuperou o controle sobre a cidade de Malakal, "há indícios para pensar que não é assim", acrescentou o presidente do Conselho de Segurança, embora também tenha mostrado confiança no trabalho do Quênia e Etiópia, designados como países intermediários.

Os funcionários da ONU trabalhando com civis deslocados subiu para 1.600 pessoas. O custo total da operação somou US$ 209 milhões, sendo que US$ 43 milhões já foram investidos.

O número de vítimas do conflito iniciado em 15 de dezembro, quando o presidente do Sudão do Sul, Salva Kiir, denunciou uma tentativa de golpe por parte do ex-vice-presidente Riek Machar, ainda não pôde ser confirmado, mas foi descrito como "bastante alto" por Araud.

Sobre o apoio de Uganda ao governo do Sudão do Sul, Araud reconheceu que "o governo sul-sudanês tem o direito de pedir apoio a outro país" já que não é uma "luta entre dois partidos. É um governo lutando contra forças rebeldes e na lei internacional, um governo pode legitimamente lutar para restaurar sua autoridade em seu território".

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Nações Unidas - O atual presidente do Conselho de Segurança das Nações Unidas , o embaixador francês Gérard Araud, afirmou nesta segunda-feira que o número de civis refugiados em instalações da Missão da ONU no Sudão do Sul (UNMISS) já subiu para 75 mil.

Dos deslocados, 22 mil estão nas bases de Malakal, enquanto em Juba, a capital e maior cidade do país, o número caiu de 17 mil, na semana passada, para oito mil apontados pelas Nações Unidas, perante as expectativas de melhora da situação na área.

O Conselho de Segurança se reuniu hoje para avaliar a evolução do conflito e considerou que a situação é "muito trágica", ainda há "muitos enfrentamentos" em distintas regiões do país e segue havendo "torturas, assassinatos, desaparecimentos e violência com objetivo étnico".

Além disso, o Conselho de Segurança afirmou que a chegada do resto dos capacetes azuis acontecerá logo nas próximas semanas.

O secretário-geral ONU, Ban Ki-moon pediu ao Conselho de Segurança que o envio de capacetes azuis, que será feito nas próximas semanas, não seja realizado apenas com reforços das missões vizinhas.

Este pedido de Ban aconteceu depois que o exército congolês matou 34 rebeldes em vários ataques em Kinshasa, por isso a missão da ONU na República Democrática do Congo, uma das que ia ceder parte de suas tropas, tem que repensar a situação, embora "ainda não tenha tomado nenhuma decisão a respeito".

Do primeiro contingente de 73 policiais bengaleses que já chegaram ao Sudão do Sul, 24 foram enviados a Malakal, 37 a Bor, e o resto a Juba.

O próximo grupo de capacetes azuis será nepalês, mas não quiseram dar datas exatas já que, como afirmou a representante especial da ONU no Sudão do Sul, Hilde Johnson, há muito trabalho de fundo para que estas missões possam chegar ao país.

Ban falou na manhã de hoje com o presidente do Sudão do Sul, Salva Kiir, que reafirmou seu "compromisso com a cessação das hostilidades" e o encorajou a "considerar uma pronta libertação dos presos políticos".

O presidente do Conselho de Segurança mostrou, além disso, sua preocupação pela presença dos jovens armados da tribo sul-sudanesa Lou Nuer (conhecidos como "o Exército branco") ao norte da cidade de Bor (capital do estado de Jonglei) embora não pode confirmar "o tamanho ou a posição exata".

O presidente também afirmou que embora o exército sul-sudanes afirme que recuperou o controle sobre a cidade de Malakal, "há indícios para pensar que não é assim", acrescentou o presidente do Conselho de Segurança, embora também tenha mostrado confiança no trabalho do Quênia e Etiópia, designados como países intermediários.

Os funcionários da ONU trabalhando com civis deslocados subiu para 1.600 pessoas. O custo total da operação somou US$ 209 milhões, sendo que US$ 43 milhões já foram investidos.

O número de vítimas do conflito iniciado em 15 de dezembro, quando o presidente do Sudão do Sul, Salva Kiir, denunciou uma tentativa de golpe por parte do ex-vice-presidente Riek Machar, ainda não pôde ser confirmado, mas foi descrito como "bastante alto" por Araud.

Sobre o apoio de Uganda ao governo do Sudão do Sul, Araud reconheceu que "o governo sul-sudanês tem o direito de pedir apoio a outro país" já que não é uma "luta entre dois partidos. É um governo lutando contra forças rebeldes e na lei internacional, um governo pode legitimamente lutar para restaurar sua autoridade em seu território".

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