Reformistas apoiam único moderado em eleição no Irã
Liderados pelo ex-presidente Mohammad Khatami, reformistas declararam apoio ao clérigo xiita Hassan Rohani, único candidato moderado na eleição presidencial
Da Redação
Publicado em 22 de junho de 2014 às 15h29.
Dubai - Reformistas iranianos liderados pelo ex-presidente Mohammad Khatami declararam apoio ao único candidato moderado na eleição presidencial de sexta-feira, em busca de uma proposta crível para a Presidência após oito anos de governo conservador.
Khatami colocou seu peso por trás do clérigo xiita Hassan Rohani nesta terça-feira, depois que Mohamad Reza Aref, o único candidato reformista aprovado pelo Conselho de Guardiães do Irã, mas considerado sem apoio público, retirou-se da disputa na segunda-feira à noite.
O apoio dos reformistas a Rohani, ex-negociador nuclear do Irã conhecido por sua abordagem centrista e conciliadora, é um claro esforço para atrair os votos dos iranianos que buscam maior liberdade e o fim do isolamento diplomático iraniano.
Aref citou um pedido de Khatami ao deixar uma disputa dominada por candidatos conservadores linha-dura ligados ao líder religioso supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, que influencia fortemente as decisões do Conselho de Guardiães.
"Com a pesada responsabilidade que eu tenho com o país e com o destino das pessoas, vou dar meu voto ao meu querido irmão doutor Rohani", disse Khatami em comunicado em seu site.
Seis candidatos continuam na corrida presidencial, a maioria leal a Khamenei e separada apenas por diferenças sobre algumas questões políticas, como o impasse com o Ocidente sobre o programa nuclear iraniano.
As políticas iranianas mais importantes que dizem respeito ao mundo, como o enriquecimento de urânio para combustível nuclear e o apoio ao presidente sírio, Bashar al-Assad, na guerra com os rebeldes que tentam derrubá-lo, são decididas por Khamenei.
Mas o presidente iraniano exerce influência indireta sobre a política mais ampla, geralmente administra assuntos internos, especialmente a economia do gigante produtor de petróleo, e é o rosto público de mais alto escalão da República Islâmica.
Khamenei, a pessoa mais poderosa do Irã, não endossou publicamente qualquer candidato e insiste que tem apenas um voto na eleição.
Khatami apoiava inicialmente Akbar Hashemi Rafsanjani, mas a candidatura do ex-presidente pragmático foi rejeitada pelo Conselho, no mês passado. A decisão foi amplamente interpretada como uma medida para evitar que um adversário de Khamenei fosse eleito.
As eleições presidenciais de sexta-feira serão a primeira no Irã desde 2009, quando dois candidatos reformistas chamaram a reeleição de Mahmoud Ahmadinejad de fraudulenta, desencadeando meses de protestos populares que acabaram sendo esmagados pelas forças de segurança.
Os então candidatos Mir Hossein Mousavi e Mehdi Karoubi foram mantidos em prisão domiciliar por mais de dois anos, e os reformistas têm sido amplamente marginalizados do poder, com os conservadores no domínio do Parlamento, da Presidência, e de outros importantes órgãos estatais.
Dubai - Reformistas iranianos liderados pelo ex-presidente Mohammad Khatami declararam apoio ao único candidato moderado na eleição presidencial de sexta-feira, em busca de uma proposta crível para a Presidência após oito anos de governo conservador.
Khatami colocou seu peso por trás do clérigo xiita Hassan Rohani nesta terça-feira, depois que Mohamad Reza Aref, o único candidato reformista aprovado pelo Conselho de Guardiães do Irã, mas considerado sem apoio público, retirou-se da disputa na segunda-feira à noite.
O apoio dos reformistas a Rohani, ex-negociador nuclear do Irã conhecido por sua abordagem centrista e conciliadora, é um claro esforço para atrair os votos dos iranianos que buscam maior liberdade e o fim do isolamento diplomático iraniano.
Aref citou um pedido de Khatami ao deixar uma disputa dominada por candidatos conservadores linha-dura ligados ao líder religioso supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, que influencia fortemente as decisões do Conselho de Guardiães.
"Com a pesada responsabilidade que eu tenho com o país e com o destino das pessoas, vou dar meu voto ao meu querido irmão doutor Rohani", disse Khatami em comunicado em seu site.
Seis candidatos continuam na corrida presidencial, a maioria leal a Khamenei e separada apenas por diferenças sobre algumas questões políticas, como o impasse com o Ocidente sobre o programa nuclear iraniano.
As políticas iranianas mais importantes que dizem respeito ao mundo, como o enriquecimento de urânio para combustível nuclear e o apoio ao presidente sírio, Bashar al-Assad, na guerra com os rebeldes que tentam derrubá-lo, são decididas por Khamenei.
Mas o presidente iraniano exerce influência indireta sobre a política mais ampla, geralmente administra assuntos internos, especialmente a economia do gigante produtor de petróleo, e é o rosto público de mais alto escalão da República Islâmica.
Khamenei, a pessoa mais poderosa do Irã, não endossou publicamente qualquer candidato e insiste que tem apenas um voto na eleição.
Khatami apoiava inicialmente Akbar Hashemi Rafsanjani, mas a candidatura do ex-presidente pragmático foi rejeitada pelo Conselho, no mês passado. A decisão foi amplamente interpretada como uma medida para evitar que um adversário de Khamenei fosse eleito.
As eleições presidenciais de sexta-feira serão a primeira no Irã desde 2009, quando dois candidatos reformistas chamaram a reeleição de Mahmoud Ahmadinejad de fraudulenta, desencadeando meses de protestos populares que acabaram sendo esmagados pelas forças de segurança.
Os então candidatos Mir Hossein Mousavi e Mehdi Karoubi foram mantidos em prisão domiciliar por mais de dois anos, e os reformistas têm sido amplamente marginalizados do poder, com os conservadores no domínio do Parlamento, da Presidência, e de outros importantes órgãos estatais.