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Reforma migratória aproximaria EUA e México

A afirmação é de um centro de análises, que defende uma aliança econômica mais estreita entre os dois países

Pessoas andam perto da fronteira entre San Diego e Tijuana: quase 33 milhões de pessoas de origem mexicana vivem nos Estados Unidos (Frederic J. Brown/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 6 de fevereiro de 2013 às 12h46.

Washington - O ambiente é propício para a aprovação de uma reforça migratória nos Estados Unidos, o que acabaria com vários problemas com o México e beneficiaria os dois países, afirma um centro de análises, que defende uma aliança econômica mais estreita entre os dois países.

O documento, elaborado pelo Diálogo Interamericano, com participação de figuras como o ex-presidente mexicano Ernesto Zedillo, propõe também enfoques inovadores no combate às drogas, como a possível legalização nacional da maconha, o que é rejeitado pelo governo de Barack Obama.

Após uma eleição presidencial em novembro com forte comparecimento dos eleitores latinos, o presidente Obama transformou a reforma migratória em uma das prioridades para o segundo mandato: um grupo bipartidário de senadores anunciou um acordo de princípio para avançar no Congresso.

Como o voto hispânico "será ainda mais forte nas próximas eleições, (...) pela primeira vez em muitos anos os dois partidos têm um forte incentivo para abordar o tema", destaca o relatório.

A reforma migratória deve incluir uma via para legalizar os mais de 11 milhões de ilegais nos Estados Unidos, dois terços deles mexicanos, afirma o Diálogo Interamericano.

Os planos, tanto de Obama como dos senadores, incluem esta disposição, mas com diferenças.


"Uma reforma migratória poderia multiplicar as vantagens da imigração e, ao abrir oportunidades às pessoas sem documentos, geraria fortes ganhos para as duas economias", destacam os autores do estudo, entre eles ex-funcionários dos dois governos, analistas e empresários.

"A imigração ilegal é, talvez, o aspecto mais problemático da relação entre México e Estados Unidos", explicam.

Quase 33 milhões de pessoas de origem mexicana vivem nos Estados Unidos, o que representa 10% da população americana e 7% dos eleitores, ao mesmo tempo que contribuem com 4% do PIB americano.

Em contraparte, os imigrantes mexicanos enviaram em 2012 a seu país 22 bilhões de dólares em remessas.

Segundo os autores do estudo, as relações comerciais dos dois países, de 460 bilhões de dólares por ano, podem ficar ainda mais fortes com uma integração econômica maior dos integrantes do Tratado de Livre Comércio da América do Norte (NAFTA), vigente desde 1994.

A vontade do governo de Enrique Peña Nieto, que assumiu o poder em dezembro, de aplicar reformas ao setor energético mexicano abre novas possibilidades.

Na luta contra as drogas, o teste mais duro para os dois governos, o documento recomenda o estudo de enfoques inovadores, incluindo a possibilidade de legalização da maconha, assim como a reavaliação da Iniciativa Mérida de ajuda antidrogas.

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Washington - O ambiente é propício para a aprovação de uma reforça migratória nos Estados Unidos, o que acabaria com vários problemas com o México e beneficiaria os dois países, afirma um centro de análises, que defende uma aliança econômica mais estreita entre os dois países.

O documento, elaborado pelo Diálogo Interamericano, com participação de figuras como o ex-presidente mexicano Ernesto Zedillo, propõe também enfoques inovadores no combate às drogas, como a possível legalização nacional da maconha, o que é rejeitado pelo governo de Barack Obama.

Após uma eleição presidencial em novembro com forte comparecimento dos eleitores latinos, o presidente Obama transformou a reforma migratória em uma das prioridades para o segundo mandato: um grupo bipartidário de senadores anunciou um acordo de princípio para avançar no Congresso.

Como o voto hispânico "será ainda mais forte nas próximas eleições, (...) pela primeira vez em muitos anos os dois partidos têm um forte incentivo para abordar o tema", destaca o relatório.

A reforma migratória deve incluir uma via para legalizar os mais de 11 milhões de ilegais nos Estados Unidos, dois terços deles mexicanos, afirma o Diálogo Interamericano.

Os planos, tanto de Obama como dos senadores, incluem esta disposição, mas com diferenças.


"Uma reforma migratória poderia multiplicar as vantagens da imigração e, ao abrir oportunidades às pessoas sem documentos, geraria fortes ganhos para as duas economias", destacam os autores do estudo, entre eles ex-funcionários dos dois governos, analistas e empresários.

"A imigração ilegal é, talvez, o aspecto mais problemático da relação entre México e Estados Unidos", explicam.

Quase 33 milhões de pessoas de origem mexicana vivem nos Estados Unidos, o que representa 10% da população americana e 7% dos eleitores, ao mesmo tempo que contribuem com 4% do PIB americano.

Em contraparte, os imigrantes mexicanos enviaram em 2012 a seu país 22 bilhões de dólares em remessas.

Segundo os autores do estudo, as relações comerciais dos dois países, de 460 bilhões de dólares por ano, podem ficar ainda mais fortes com uma integração econômica maior dos integrantes do Tratado de Livre Comércio da América do Norte (NAFTA), vigente desde 1994.

A vontade do governo de Enrique Peña Nieto, que assumiu o poder em dezembro, de aplicar reformas ao setor energético mexicano abre novas possibilidades.

Na luta contra as drogas, o teste mais duro para os dois governos, o documento recomenda o estudo de enfoques inovadores, incluindo a possibilidade de legalização da maconha, assim como a reavaliação da Iniciativa Mérida de ajuda antidrogas.

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