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Reféns mais antigos da Colômbia estão prestes a ser libertados pelas Farc

Dez policiais e militares foram sequestrados há mais de 13 anos, após um combate perto da quebrada de El Billar

Sargentos do Exército Beltrán e Arcia caíram nas mãos das Farc em março de 1998 (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 31 de março de 2012 às 13h55.

Bogotá - As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) se comprometeram a libertar a partir de segunda-feira os reféns mais antigos da Colômbia: dez policiais e militares sequestrados há mais de 13 anos.

Estes colombianos, sequestrados entre 1998 e 1999, são os militares Luis Alfonso Beltrán Franco, Luis Arturo Arcia, Robinson Salcedo Guarín e Luis Alfredo Moreno Chagüeza, e os policiais Carlos José Duarte, César Augusto Lasso Monsalve, Jorge Trujillo Solarte, Jorge Humberto Romero, José Libardo Forero e Wilson Rojas Medina.

Os sargentos do Exército Beltrán e Arcia caíram nas mãos das Farc em março de 1998 após um combate perto da quebrada de El Billar, no sulista departamento de Caquetá.

Os fatos ocorreram quando cerca de 200 guerrilheiros pretendiam tomar a população de Cartagena del Chairá, mas toparam com tropas do Exército.

Os combates, que duraram três dias, terminaram com 64 soldados mortos, 19 feridos e 43 sequestrados pelos insurgentes, que também roubaram do Exército 95 fuzis, seis metralhadoras, 710 granadas, 259 uniformes camuflados e 153 barracas de campanha.

Meses depois, em agosto de 1998, as Farc sequestraram os sargentos do Exército Robinson Salcedo e Luis Alfredo Moreno durante o ataque a Miraflores, no departamento do Guaviare.

Os rebeldes atacaram uma base antinarcóticos da Polícia Nacional e um batalhão do Exército dessa cidade quatro dias antes da posse de Andrés Pastrana como presidente da Colômbia (1998-2002).

Esse ataque deixou 19 mortos, 30 feridos e 129 reféns, destes 73 eram soldados e 56 policiais.

A maioria deles, como em outros sequestros deste tipo, ficou em liberdade por decisão unilateral da guerrilha e outros retornaram a seus lares após serem resgatados em operações militares.


O quinto militar que deve reencontrar a liberdade na próxima semana é o também sargento César Augusto Lasso, feito refém em novembro de 1998 em um ataque à delegacia de Mitú, capital do departamento do Vaupés, na fronteira com o Brasil.

Nesse ataque, liderado pelo temido Jorge Briceño, conhecido como 'Mono Jojoy', participaram mais de mil guerrilheiros que, após atacar a cidade, mataram 16 policiais e militares e sequestraram outros 61.

Acorrentados e sob condições subhumanas também passaram nas selvas colombianas quase 13 anos os policiais José Libardo Forero Carrero, Wilson Rojas Medina, Jorge Humberto Romero, Jorge Trujillo Solarte e Carlos José Duarte Rojas.

Os cinco policiais foram parar em poder das Farc em julho de 1999 quando a guerrilha atacou a estação policial de Puerto Rico, no departamento de Meta, no centro do país.

Após três dias de confrontos, os 36 policiais se viram obrigados a render-se, já sem munição. O resultado foi a morte de cinco agentes e o sequestro de 28 deles.

Estes dez militares e policiais que serão libertados são os últimos 'passíveis de troca', como a guerrilha denominou um grupo de sequestrados que chegou a superar os 70 e que pretendiam entregar em troca da libertação de 500 guerrilheiros presos.

Segundo a Fundação País Libre, entre 2002 e 2011, as Farc realizaram 2.678 sequestros, enquanto, atualmente, esta organização calcula que na Colômbia restariam nas mãos de diferentes grupos armados 405 colombianos.

Segundo esta ONG, entre 1º de janeiro de 2009 e 31 de dezembro de 2011, 186 pessoas foram feitas reféns pelas Farc, período no qual esta guerrilha aumentou o sequestro de 45 para 77 casos.

A fundação aponta que 79% dos sequestros perpetrados pelas Farc nesse período foram de caráter extorsivo (por dinheiro), sendo que os alvos eram quase sempre homens (92%).

Os departamentos mais afetados pelos sequestros da guerrilha mais antiga da América nos últimos três anos são Arauca (26 casos), Cauca (24), Meta (18) e Putumayo (16).

Quase todas as pessoas sequestradas pelas Farc entre 2009 e 2011 são colombianas, apenas cinco são estrangeiras. EFE

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Estes colombianos, sequestrados entre 1998 e 1999, são os militares Luis Alfonso Beltrán Franco, Luis Arturo Arcia, Robinson Salcedo Guarín e Luis Alfredo Moreno Chagüeza, e os policiais Carlos José Duarte, César Augusto Lasso Monsalve, Jorge Trujillo Solarte, Jorge Humberto Romero, José Libardo Forero e Wilson Rojas Medina.

Os sargentos do Exército Beltrán e Arcia caíram nas mãos das Farc em março de 1998 após um combate perto da quebrada de El Billar, no sulista departamento de Caquetá.

Os fatos ocorreram quando cerca de 200 guerrilheiros pretendiam tomar a população de Cartagena del Chairá, mas toparam com tropas do Exército.

Os combates, que duraram três dias, terminaram com 64 soldados mortos, 19 feridos e 43 sequestrados pelos insurgentes, que também roubaram do Exército 95 fuzis, seis metralhadoras, 710 granadas, 259 uniformes camuflados e 153 barracas de campanha.

Meses depois, em agosto de 1998, as Farc sequestraram os sargentos do Exército Robinson Salcedo e Luis Alfredo Moreno durante o ataque a Miraflores, no departamento do Guaviare.

Os rebeldes atacaram uma base antinarcóticos da Polícia Nacional e um batalhão do Exército dessa cidade quatro dias antes da posse de Andrés Pastrana como presidente da Colômbia (1998-2002).

Esse ataque deixou 19 mortos, 30 feridos e 129 reféns, destes 73 eram soldados e 56 policiais.

A maioria deles, como em outros sequestros deste tipo, ficou em liberdade por decisão unilateral da guerrilha e outros retornaram a seus lares após serem resgatados em operações militares.


O quinto militar que deve reencontrar a liberdade na próxima semana é o também sargento César Augusto Lasso, feito refém em novembro de 1998 em um ataque à delegacia de Mitú, capital do departamento do Vaupés, na fronteira com o Brasil.

Nesse ataque, liderado pelo temido Jorge Briceño, conhecido como 'Mono Jojoy', participaram mais de mil guerrilheiros que, após atacar a cidade, mataram 16 policiais e militares e sequestraram outros 61.

Acorrentados e sob condições subhumanas também passaram nas selvas colombianas quase 13 anos os policiais José Libardo Forero Carrero, Wilson Rojas Medina, Jorge Humberto Romero, Jorge Trujillo Solarte e Carlos José Duarte Rojas.

Os cinco policiais foram parar em poder das Farc em julho de 1999 quando a guerrilha atacou a estação policial de Puerto Rico, no departamento de Meta, no centro do país.

Após três dias de confrontos, os 36 policiais se viram obrigados a render-se, já sem munição. O resultado foi a morte de cinco agentes e o sequestro de 28 deles.

Estes dez militares e policiais que serão libertados são os últimos 'passíveis de troca', como a guerrilha denominou um grupo de sequestrados que chegou a superar os 70 e que pretendiam entregar em troca da libertação de 500 guerrilheiros presos.

Segundo a Fundação País Libre, entre 2002 e 2011, as Farc realizaram 2.678 sequestros, enquanto, atualmente, esta organização calcula que na Colômbia restariam nas mãos de diferentes grupos armados 405 colombianos.

Segundo esta ONG, entre 1º de janeiro de 2009 e 31 de dezembro de 2011, 186 pessoas foram feitas reféns pelas Farc, período no qual esta guerrilha aumentou o sequestro de 45 para 77 casos.

A fundação aponta que 79% dos sequestros perpetrados pelas Farc nesse período foram de caráter extorsivo (por dinheiro), sendo que os alvos eram quase sempre homens (92%).

Os departamentos mais afetados pelos sequestros da guerrilha mais antiga da América nos últimos três anos são Arauca (26 casos), Cauca (24), Meta (18) e Putumayo (16).

Quase todas as pessoas sequestradas pelas Farc entre 2009 e 2011 são colombianas, apenas cinco são estrangeiras. EFE

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