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Reféns alemães suplicam por suas vidas nas Filipinas

Dois alemães que o grupo filipino Abu Sayyaf ameaçou decapitar suplicaram por suas vidas, segundo imprensa

Membros do grupo rebelde Abu Sayyaf: turistas foram capturados em abril (Romeo Gacad/AFP)
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Da Redação

Publicado em 29 de setembro de 2014 às 08h29.

Manila - Os dois alemães que o grupo filipino Abu Sayyaf ameaçou decapitar se a Alemanha não pagar um resgate e retirar seu apoio à operação internacional contra o Estado Islâmico (EI) suplicaram nesta segunda-feira por suas vidas.

"Estou sofrendo muito (...) meu estado de saúde piorou e temo por mim (...) Com sorte, nosso governo fará tudo o que for possível para nos libertar", disse o mais velho dos reféns, de 74 anos, pela emissora filipina "Rádio Mindanao Network" (RMN), segundo aponta a imprensa local.

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O outro sequestrado, uma mulher, disse que não sabia por quanto podia aguentar na selva.

"Peço aos governos das Filipinas e Alemanha que façam tudo o que puderem porque eu gostaria de voltar a ver minha família de novo, e a situação aqui é muito, muito estressante", disse a alemã, de 42 anos, pela mesma rádio.

Os dois turistas navegavam em uma embarcação por águas do sul das Filipinas quando foram capturados em abril por membros de Abu Sayyaf, um grupo islâmico filipinos ligado à Al Qaeda.

Os sequestradores divulgaram em 24 de setembro um vídeo no qual ameaçaram decapitar os alemães se não recebesse US$ 5,6 milhões e a Alemanha não deixava de apoiar a ofensiva internacional contra o Estado Islâmico.

O ministro da Defesa das Filipinas, Voltaire Gazmin, disse na sexta-feira que a política de seu governo é não negociar com terroristas.

Abu Sayyaf, formado por cerca de 400 rebeldes, tem em seu poder outros dois europeus, um holandês e um suíço, desde fevereiro de 2012, além de um guarda-costeira da Malásia e a uma mulher chinesa e sua filha.

Este grupo foi criado em 1991 por vários ex-combatentes da guerra do Afeganistão contra a antiga União Soviética e são atribuídos alguns dos atentados mais sangrentos dos últimos anos nas Filipinas e vários sequestros.

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