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Recapitalização dos bancos divide União Europeia

Apesar do bloco já ter decidido agir, França e Alemanha ainda discutem de onde virá a verba para ajudar o setor

A UE pretende alcançar um acordo para apresentar um plano para os bancos (AFP)
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Da Redação

Publicado em 7 de outubro de 2011 às 14h50.

Bruxelas - Os europeus querem apresentar na reunião de cúpula nos dias 17 e 18 de outubro um plano conjunto de recapitalização dos bancos , mas para que tenham sucesso é preciso resolver em poucos dias suas diferenças sobre o assunto.

A Comissão Europeia afirmou que a proposta deve contemplar uma "aproximação coordenada para uma recapitalização dos bancos da União Europeia".

Nesta semana, a chanceler alemã, Angela Merkel, e o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso, impulsionaram a medida em Bruxelas.

Merkel e o presidente francês, Nicolas Sarkozy, vão se reunir no domingo para resolver as diferenças quanto ao procedimento de recapitalização que deve ser adotado.

"Berlim quer que cada Estado nacional seja responsável por injetar capital nos bancos, enquanto Paris quer uma intervenção coordenada através do fundo de resgate europeu", afirmou uma fonte europeia.

A França teme que, ao intervir em seus bancos, aumente sua dívida e por isso tenha sua nota soberana "AAA" rebaixada.

Os bancos franceses emprestaram muito dinheiro aos países mais endividados da zona do euro, e são vulneráveis ao efeito da possível quebra da Grécia.

Berlim, ao contrário, pretende que cada país se encarregue de seus próprios bancos, e afirma que o fundo de resgate europeu deve ser utilizado apenas em último caso.

"Assim que o setor bancário alemão for derrotado, a Alemanha verá a necessidade de recapitalizar seus bancos em uma ação coordenada com o Feef ou mediante a intervenção do Banco Central Europeu", opinou Diego Valiante, do Centro Político de Estudos Europeus (Ceps).

O ministério das Finanças francês assegurou que Berlim concorda com o fato dos fundos de capitalização serem privados preferencialmente.

Outro assunto que gera divergências é o montante necessário para a recapitalização. Uma fonte ligada ao processo, estima que o número se aproxime de 100 bilhões de euros, o que não é confirmado.

Os bancos discordam se a recapitalização deve ser geral ou apenas dos que têm problemas. Eles temem que revelando sua necessidade de uma injeção de capital, suas ações caiam.

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Bruxelas - Os europeus querem apresentar na reunião de cúpula nos dias 17 e 18 de outubro um plano conjunto de recapitalização dos bancos , mas para que tenham sucesso é preciso resolver em poucos dias suas diferenças sobre o assunto.

A Comissão Europeia afirmou que a proposta deve contemplar uma "aproximação coordenada para uma recapitalização dos bancos da União Europeia".

Nesta semana, a chanceler alemã, Angela Merkel, e o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso, impulsionaram a medida em Bruxelas.

Merkel e o presidente francês, Nicolas Sarkozy, vão se reunir no domingo para resolver as diferenças quanto ao procedimento de recapitalização que deve ser adotado.

"Berlim quer que cada Estado nacional seja responsável por injetar capital nos bancos, enquanto Paris quer uma intervenção coordenada através do fundo de resgate europeu", afirmou uma fonte europeia.

A França teme que, ao intervir em seus bancos, aumente sua dívida e por isso tenha sua nota soberana "AAA" rebaixada.

Os bancos franceses emprestaram muito dinheiro aos países mais endividados da zona do euro, e são vulneráveis ao efeito da possível quebra da Grécia.

Berlim, ao contrário, pretende que cada país se encarregue de seus próprios bancos, e afirma que o fundo de resgate europeu deve ser utilizado apenas em último caso.

"Assim que o setor bancário alemão for derrotado, a Alemanha verá a necessidade de recapitalizar seus bancos em uma ação coordenada com o Feef ou mediante a intervenção do Banco Central Europeu", opinou Diego Valiante, do Centro Político de Estudos Europeus (Ceps).

O ministério das Finanças francês assegurou que Berlim concorda com o fato dos fundos de capitalização serem privados preferencialmente.

Outro assunto que gera divergências é o montante necessário para a recapitalização. Uma fonte ligada ao processo, estima que o número se aproxime de 100 bilhões de euros, o que não é confirmado.

Os bancos discordam se a recapitalização deve ser geral ou apenas dos que têm problemas. Eles temem que revelando sua necessidade de uma injeção de capital, suas ações caiam.

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