Rebeldes sírios denunciam que regime violou cessar-fogo
Desde a madrugada desta quinta, o regime bombardeou o bairro de Harabis, em Homs, e outras regiões, segundo o opositor Exército Livre Sírio
Da Redação
Publicado em 12 de abril de 2012 às 07h21.
Cairo - O opositor Exército Livre Sírio (ELS) denunciou nesta quinta-feira que o regime de Damasco 'está enganando' a comunidade internacional, uma vez que teria continuado os ataques mesmo após o cessar-fogo ter entrado em vigor nesta manhã.
O 'número dois' do ELS, Malek Kurdi, disse à Agência Efe que desde a primeira hora de hoje o regime bombardeou o bairro de Harabis, em Homs, enquanto em Idlib as forças governamentais abriram fogo desde um posto de controle em seus arredores e em Aleppo dispararam na entrada oriental da cidade.
Kurdi acrescentou que as tropas do regime também dispararam em Latakia, junto à costa mediterrânea, 'para aterrorizar os cidadãos'.
O cessar-fogo entrou em vigor na Síria às 6h locais (0h de Brasília), de acordo com o plano de paz do enviado especial da ONU e da Liga Árabe, Kofi Annan.
'Dizemos ao senhor Kofi Annan, à ONU e ao Conselho de Segurança que o regime está enganando a comunidade internacional', assegurou Kurdi, para quem chegou o momento de adotar 'uma iniciativa séria sobre este regime que seguirá com a violência porque não conhece a linguagem da lei e do diálogo'.
Além disso, o braço direito do ELS destacou que Damasco não retirou suas tropas do interior das cidades; pelo contrário, enviou reforços.
Com relação à chamada feita pelo Conselho Nacional Sírio (CNS) - a principal formação opositora - para que os cidadãos se manifestem pacificamente hoje, Kurdi disse que seus homens acompanharão esses protestos para proteger o povo.
Segundo sua opinião, o que pode levar o país a uma guerra civil é 'o atraso do mundo em apoiar o povo sírio com a provisão de armas ao ELS, porque o povo tentará defender-se por si mesmo e conseguir armamento por sua própria conta'.
Kurdi avalia que esse cenário pode propiciar a aparição de grupos armados que 'tentarão fazer justiça por suas próprias mãos'.
Damasco anunciou ontem que as operações militares seriam finalizadas hoje, mas alertou que suas tropas se manteriam em alerta para defender-se de eventuais ataques de elementos armados. EFE
Cairo - O opositor Exército Livre Sírio (ELS) denunciou nesta quinta-feira que o regime de Damasco 'está enganando' a comunidade internacional, uma vez que teria continuado os ataques mesmo após o cessar-fogo ter entrado em vigor nesta manhã.
O 'número dois' do ELS, Malek Kurdi, disse à Agência Efe que desde a primeira hora de hoje o regime bombardeou o bairro de Harabis, em Homs, enquanto em Idlib as forças governamentais abriram fogo desde um posto de controle em seus arredores e em Aleppo dispararam na entrada oriental da cidade.
Kurdi acrescentou que as tropas do regime também dispararam em Latakia, junto à costa mediterrânea, 'para aterrorizar os cidadãos'.
O cessar-fogo entrou em vigor na Síria às 6h locais (0h de Brasília), de acordo com o plano de paz do enviado especial da ONU e da Liga Árabe, Kofi Annan.
'Dizemos ao senhor Kofi Annan, à ONU e ao Conselho de Segurança que o regime está enganando a comunidade internacional', assegurou Kurdi, para quem chegou o momento de adotar 'uma iniciativa séria sobre este regime que seguirá com a violência porque não conhece a linguagem da lei e do diálogo'.
Além disso, o braço direito do ELS destacou que Damasco não retirou suas tropas do interior das cidades; pelo contrário, enviou reforços.
Com relação à chamada feita pelo Conselho Nacional Sírio (CNS) - a principal formação opositora - para que os cidadãos se manifestem pacificamente hoje, Kurdi disse que seus homens acompanharão esses protestos para proteger o povo.
Segundo sua opinião, o que pode levar o país a uma guerra civil é 'o atraso do mundo em apoiar o povo sírio com a provisão de armas ao ELS, porque o povo tentará defender-se por si mesmo e conseguir armamento por sua própria conta'.
Kurdi avalia que esse cenário pode propiciar a aparição de grupos armados que 'tentarão fazer justiça por suas próprias mãos'.
Damasco anunciou ontem que as operações militares seriam finalizadas hoje, mas alertou que suas tropas se manteriam em alerta para defender-se de eventuais ataques de elementos armados. EFE