Rebeldes não sabem quanto Kadafi e sua família tiraram da Líbia
Segundo as novas autoridades líbias, o ex-governante do país manteve durante anos uma contabilidade paralela à margem das contas oficiais do Estado
Da Redação
Publicado em 8 de setembro de 2011 às 12h32.
Trípoli - As novas autoridades líbias desconhecem quanto dinheiro e ouro o ditador Muammar Kadafi e sua família se apropriaram, visto que o ex-governante do país manteve durante anos uma contabilidade paralela à margem das contas oficiais do Estado.
Em declarações à Agência Efe concedidas ao término de uma entrevista coletiva na sede do Banco Central de Trípoli, Wafik al Shater, responsável financeiro da equipe de estabilização econômica detalhou, no entanto, que nem Kadafi nem seus filhos conseguiram roubar dinheiro e ouro da instituição.
"É impossível atualmente saber quanto dinheiro e ouro tomaram dos líbios nos últimos anos porque, por exemplo, não sabemos quanto representavam para a Líbia os lucros do petróleo", explicou.
"Mas acho que com o tempo, pouco a pouco e com uma série de auditorias poderemos saber mais ou menos de que quantias estamos falando", acrescentou.
Al Shater confirmou também que nos últimos dias foram injetados milhões de dinares no mercado do país, em sua maioria procedentes dos fundos congelados no exterior, mas também das reservas de ouro, com o objetivo de aquecer a economia.
"A meta é recuperar o mais rápido possível a vida normal, e montar um sistema fundamentado na transparência do trânsito dos fundos entre o governo e os bancos. Não se deve reconstruir só o que foi perdido nos últimos meses, mas tudo o que ocorreu em quase 30 anos", destacou.
O representante líbio destacou que a intenção das novas autoridades é respeitar os contratos assinados com empresas estrangeiras antes da insurreição, embora todos serão revisados para "comprovar se existem irregularidades".
"Nossa intenção é respeitar o estipulado. Por isso pedimos a todas as companhias a que retomem suas atividades e tragam seus investimentos", acrescentou.
Al Shater sugeriu que precisará de um prazo de entre 12 e 24 meses para recuperar os níveis de produção e venda de petróleo anteriores à revolta e reconstruir desta forma "a nova economia líbia, totalmente integrada na comunidade internacional".
Na entrevista coletiva anterior, o presidente do Banco Central líbio, Qasim Azzuz, afirmou que apesar de Kadafi ter vendido quase 20% das reservas de ouro nos meses da revolução, o país tem fundos suficientes para retomar a economia nacional e fornecer os serviços básicos.
De acordo com os números divulgados por Azzuz, o banco nacional líbio tem US$ 25 bilhões no país e cerca de US$ 90 bilhões no exterior, e o país espera que as nações que ainda têm fundos congelados do antigo regime comecem a devolvê-los ao povo líbio em breve.
"O Reino Unido já enviou grande parte do dinheiro que tinha retido. Esperamos que outros países também liberem os fundos que têm congelados", reforçou Azzuz.
Trípoli - As novas autoridades líbias desconhecem quanto dinheiro e ouro o ditador Muammar Kadafi e sua família se apropriaram, visto que o ex-governante do país manteve durante anos uma contabilidade paralela à margem das contas oficiais do Estado.
Em declarações à Agência Efe concedidas ao término de uma entrevista coletiva na sede do Banco Central de Trípoli, Wafik al Shater, responsável financeiro da equipe de estabilização econômica detalhou, no entanto, que nem Kadafi nem seus filhos conseguiram roubar dinheiro e ouro da instituição.
"É impossível atualmente saber quanto dinheiro e ouro tomaram dos líbios nos últimos anos porque, por exemplo, não sabemos quanto representavam para a Líbia os lucros do petróleo", explicou.
"Mas acho que com o tempo, pouco a pouco e com uma série de auditorias poderemos saber mais ou menos de que quantias estamos falando", acrescentou.
Al Shater confirmou também que nos últimos dias foram injetados milhões de dinares no mercado do país, em sua maioria procedentes dos fundos congelados no exterior, mas também das reservas de ouro, com o objetivo de aquecer a economia.
"A meta é recuperar o mais rápido possível a vida normal, e montar um sistema fundamentado na transparência do trânsito dos fundos entre o governo e os bancos. Não se deve reconstruir só o que foi perdido nos últimos meses, mas tudo o que ocorreu em quase 30 anos", destacou.
O representante líbio destacou que a intenção das novas autoridades é respeitar os contratos assinados com empresas estrangeiras antes da insurreição, embora todos serão revisados para "comprovar se existem irregularidades".
"Nossa intenção é respeitar o estipulado. Por isso pedimos a todas as companhias a que retomem suas atividades e tragam seus investimentos", acrescentou.
Al Shater sugeriu que precisará de um prazo de entre 12 e 24 meses para recuperar os níveis de produção e venda de petróleo anteriores à revolta e reconstruir desta forma "a nova economia líbia, totalmente integrada na comunidade internacional".
Na entrevista coletiva anterior, o presidente do Banco Central líbio, Qasim Azzuz, afirmou que apesar de Kadafi ter vendido quase 20% das reservas de ouro nos meses da revolução, o país tem fundos suficientes para retomar a economia nacional e fornecer os serviços básicos.
De acordo com os números divulgados por Azzuz, o banco nacional líbio tem US$ 25 bilhões no país e cerca de US$ 90 bilhões no exterior, e o país espera que as nações que ainda têm fundos congelados do antigo regime comecem a devolvê-los ao povo líbio em breve.
"O Reino Unido já enviou grande parte do dinheiro que tinha retido. Esperamos que outros países também liberem os fundos que têm congelados", reforçou Azzuz.