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Rebeldes dizem que autoridades sírias violaram trégua

Segundo o porta-voz de um grupo opositor, "o regime quis aproveitar o cessar-fogo para progredir no terreno e continuou os bombardeios"

Damasco: segundo fonte, houve tentativas de negociação para pacificar a região (Bassam Khabieh)

Damasco: segundo fonte, houve tentativas de negociação para pacificar a região (Bassam Khabieh)

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EFE

Publicado em 9 de janeiro de 2017 às 09h32.

Beirute - O grupo opositor Suqur al Sham (Falcões do Levante) denunciou nesta segunda-feira o descumprimento da trégua por parte das autoridades sírias e de seus aliados no vale do rio Barada, que abastece de água Damasco, a capital da Síria, e está perto da fronteira com o Líbano.

O porta-voz dessa facção, Mamoun Hajj Moussa, disse à Agência Efe por telefone que os rebeldes respeitaram o cessar-fogo, iniciado no dia 30 de dezembro em todo o país, mas que o exército e as milícias aliadas ao regime sírio, como o Hezbollah, o descumpriram nessa área.

"O regime quis aproveitar o cessar-fogo para progredir no terreno e continuou os bombardeios, não houve nenhuma mudança após o começo da trégua", disse Moussa.

O porta-voz do grupo rebelde detalhou que no vale do rio Barada há 13 localidades, das quais dez estão em poder dos insurgentes e três nas mãos das forças governamentais.

A fonte indicou que houve tentativas de negociação para pacificar a região, mas que as partes não chegaram a dialogar.

Moussa revelou que um grupo de moradores do vale se transferiu ontem para um posto de controle em poder das autoridades e de seus aliados com uma proposta, "mas os russos a rejeitaram".

O porta-voz acrescentou que "três delegações russas tentaram entrar no manancial de Ain al Fiya, e insistiram que milícias armadas acompanhassem as equipes de manutenção que fariam os reparos nas instalações", o que os rebeldes rejeitaram.

Desde o fim de dezembro, o fornecimento de água está interrompido na capital devido à violência no vale do rio Barada, algo do qual tanto as autoridades como os insurgentes se acusam mutuamente.

A ofensiva governamental contra essa região começou há 21 dias e continuou apesar da trégua que entrou em vigor no último dia 30, com mediação da Rússia, aliada do governo sírio, e da Turquia, que apoia a oposição.

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