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Rajoy diz que governo espanhol 'não negocia com terroristas'

Rajoy fez esta afirmação em discurso pronunciado durante uma homenagem a Miguel Ángel Blanco

O presidente do governo espanhol disse, entre aplausos dos presentes, que negociar ''é aproximar a razão do outro e a ETA não tem nenhuma razão'' (Dani Pozo/AFP)
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Da Redação

Publicado em 18 de setembro de 2012 às 20h05.

Bilbao (Espanha) - O presidente do governo espanhol, Mariano Rajoy, garantiu nesta terça-feira que seu Executivo ''não negociará nunca com terroristas '' nem cederá a ''nenhum tipo de chantagem dos que praticaram e encorajaram o terror''.

Rajoy fez esta afirmação em discurso pronunciado durante uma homenagem a Miguel Ángel Blanco, um jovem vereador do Partido Popular (PP) no País Basco assassinado pela ETA há 15 anos.

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O presidente do governo espanhol disse, entre aplausos dos presentes, que negociar ''é aproximar a razão do outro e a ETA não tem nenhuma razão''.

A morte do jovem vereador do PP no País Basco comoveu a sociedade espanhola que reivindicou em grandes manifestações nas principais cidades do país o fim da violência da ETA.

''A paz não se negocia e a liberdade não se pechincha'', afirmou Rajoy, qualificando os militantes bascos de seu partido de ''referência'' para todos os espanhóis.

Rajoy pediu ainda que ''nunca'' se esqueça a memória'' de Miguel Ángel Blanco e de todas as vítimas do terrorismo e disse que ''a união dos democratas continua sendo a melhor maneira'' de honrá-las e de ''expatriar para sempre o terrorismo e sua ambição totalitária do País Basco e de toda a Espanha''.

Segundo o chefe do Executivo espanhol, ''a reta final de tantas décadas de crimes'' não permitirão que ''ninguém falseie a história criminosa da ETA''.

O ato em homenagem a Miguel Ángel Blanco acontece poucas semanas antes da realização das eleições regionais no País Basco, convocadas junto com as da Galícia, para o próximo dia 21 de outubro.

Na atualidade o Partido Socialista Basco, liderado por Patxi López, governa o País Basco após ter sido apoiado em 2009 pelo PP, que recentemente retirou seu respaldo.

Nestas eleições poderá concorrer a coalizão independentista Bildu. Nos pleitos anteriores as formações próximas ao entorno da ETA não puderam apresentar-se.

As eleições acontecerão um dia depois do primeiro aniversário do anúncio da ETA que abandonava a violência.

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