Rabinos condenam decisão judicial alemã contra circuncisão
O presidente dos rabinos afirmou que "a proibição da circuncisão põe em dúvida a existência da comunidade judaica na Alemanha"
Da Redação
Publicado em 12 de julho de 2012 às 17h45.
Berlim -A Conferência Europeia de Rabinos criticou severamente nesta quinta-feira a decisão judicial de um tribunal alemão contra a circuncisão e o qualificou como o maior ataque aos judeus desde o Holocausto perpetrado pelos nazistas na Segunda Guerra Mundial.
O presidente dos rabinos, o titular de Moscou Pinchas Goldschmidt, afirmou durante a reunião dos religiosos de Berlim que "a proibição da circuncisão põe em dúvida a existência da comunidade judaica na Alemanha".
"Se a resolução for mantida, não vejo futuro para os judeus na Alemanha", afirmou de forma taxativa Goldschmidt, convencido de que a decisão judicial acabará se incorporando à legislação alemã.
O rabino comparou ainda a sentença controversa, emitida no mês passado, com a proibição nazista de certos métodos de sacrifício de animais judeus, considerada uma das primeiras agressões legais contra essa religião na Alemanha nacional-socialista.
Em 26 de junho, o Fórum Municipal de Colônia (Alemanha) qualificou a circuncisão por motivos religiosos de "lesão física ilegal e passível de punição", por considerar que fere o direito de autodeterminação da criança, que deve prevalecer sobre a liberdade religiosa.
A polêmica gerada pela decisão levou o ministro de Relações Exteriores alemão, Guido Westerwelle, a reiterar recentemente que "deve ficar claro que a Alemanha é um país aberto e tolerante", onde "a liberdade religiosa está fortemente consolidada" e no qual "as tradições religiosas como a circuncisão são consideradas uma expressão de diversidade religiosa".
Berlim -A Conferência Europeia de Rabinos criticou severamente nesta quinta-feira a decisão judicial de um tribunal alemão contra a circuncisão e o qualificou como o maior ataque aos judeus desde o Holocausto perpetrado pelos nazistas na Segunda Guerra Mundial.
O presidente dos rabinos, o titular de Moscou Pinchas Goldschmidt, afirmou durante a reunião dos religiosos de Berlim que "a proibição da circuncisão põe em dúvida a existência da comunidade judaica na Alemanha".
"Se a resolução for mantida, não vejo futuro para os judeus na Alemanha", afirmou de forma taxativa Goldschmidt, convencido de que a decisão judicial acabará se incorporando à legislação alemã.
O rabino comparou ainda a sentença controversa, emitida no mês passado, com a proibição nazista de certos métodos de sacrifício de animais judeus, considerada uma das primeiras agressões legais contra essa religião na Alemanha nacional-socialista.
Em 26 de junho, o Fórum Municipal de Colônia (Alemanha) qualificou a circuncisão por motivos religiosos de "lesão física ilegal e passível de punição", por considerar que fere o direito de autodeterminação da criança, que deve prevalecer sobre a liberdade religiosa.
A polêmica gerada pela decisão levou o ministro de Relações Exteriores alemão, Guido Westerwelle, a reiterar recentemente que "deve ficar claro que a Alemanha é um país aberto e tolerante", onde "a liberdade religiosa está fortemente consolidada" e no qual "as tradições religiosas como a circuncisão são consideradas uma expressão de diversidade religiosa".