Quarta pessoa é presa por tentativa de assassinato de Cristina Kirchner
A polícia prendeu Nicolás Gabriel Carrizo, que apareceu em uma entrevista na televisão junto com Brenda Uliarte (23 anos), outra detida
AFP
Publicado em 15 de setembro de 2022 às 07h00.
Um comerciante foi detido nesta quarta-feira, 14, devido às suas ligações com outros três réus pelo atentado fracassado de 1º de setembro contra a vice-presidente argentina, Cristina Kirchner, informaram fontes judiciais à imprensa.
A polícia prendeu Nicolás Gabriel Carrizo, que apareceu em uma entrevista na televisão junto com Brenda Uliarte (23 anos), outra detida e que os investigadores apontam como instigadora do atentado cometido naquela noite.
A imprensa argentina publicou uma mensagem de celular de Uliarte para Agustina Díaz (21 anos), também detida, na qual ela diz textualmente: "Mandei matar Cristina".
As fontes não especificaram a idade de Carrizo, comerciante de flocos de algodão doce, mas foi constatado em seu celular que ele estava ciente do ataque e dos movimentos do grupo.
Kirchner, ex-presidente da Argentina (2007-2011 e 2011-2015), recebia naquela noite o apoio de centenas de simpatizantes na porta do prédio onde mora, no bairro da Recoleta, em Buenos Aires.
O principal suspeito é o namorado de Uliarte, o motorista de veículos públicos Fernando Sabag Montiel (35 anos), que apontou e disparou uma pistola calibre 32 a pouca distância da cabeça de Kirchner, mas a arma não disparou.
A pistola estava carregada com cinco balas, mas verificou-se que Sabag Montiel não manipulou o ferrolho para colocar a bala na câmara.
Ele foi detido por militantes que cercavam Kirchner até que a polícia chegou e o prendeu.
As mobilizações em direção à casa de Kirchner ocorriam dia e noite depois que ela foi acusada por um promotor de ser chefe de uma associação ilícita de corrupção, acusação que o partido governista Frente de Todos considera perseguição política.
A justiça apurou que os detidos tinham ligações. Sabag Montiel tem tatuagens neonazistas e Uliarte participou de manifestações antiperonistas e antigovernamentais com guilhotinas, tochas e sacos para cadáveres.
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