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Putin supervisionou ciberataques à eleição, dizem autoridades

Acusações de que a Rússia tentou influenciar a eleição ao hackear pessoas e instituições irritaram o presidente eleito, Donald Trump

Putin: as autoridades russas negaram todas as acusações de interferência na eleição norte-americana (Mikhail Metzel/AFP)

Putin: as autoridades russas negaram todas as acusações de interferência na eleição norte-americana (Mikhail Metzel/AFP)

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Reuters

Publicado em 15 de dezembro de 2016 às 21h59.

Washington - O presidente russo, Vladimir Putin, supervisionou os ataques hackers de suas agências de inteligência à eleição presidencial dos Estados Unidos, e transformou-os em esforço geral para desacreditar o processo, em uma tentativa específica de apoio a Donald Trump, disseram três autoridades norte-americanas nesta quinta-feira.

Acusações de que a Rússia tentou influenciar a eleição ao hackear pessoas e instituições, incluindo organismos do Partido Democrata, irritaram o presidente eleito, Donald Trump, que diz que venceu a votação de 8 de novembro de modo justo.

As autoridades russas negaram todas as acusações de interferência na eleição norte-americana.

Mas as autoridades dos EUA disseram, sob condição de anonimato, que a comunidade de inteligência norte-americana está segura de que sua avaliação dos ciberataques russos na eleição é precisa.

"Isto começou simplesmente como um esforço para mostrar que a democracia norte-americana não é mais crível do que a versão de Putin", disse uma das autoridades.

No outono, afirmou a autoridade, isso havia se tornado um esforço para ajudar a campanha de Trump porque "Putin acreditava que ele seria muito mais amigável com a Rússia, especialmente sobre o assunto das sanções econômicas", do que a rival democrata, Hillary Clinton.

A NBC noticiou mais cedo que as autoridades de inteligência dos Estados Unidos têm um "alto nível de confiança" de que Putin estava pessoalmente envolvido na cibercampanha russa contra os Estados Unidos.

O ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, disse ao canal estatal de TV Rossiya-24 ter ficado "estupefato" com a reportagem da NBC.

"Acho que é simplesmente uma tolice, e a futilidade da tentativa de convencer alguém disto é absolutamente óbvia", disse.

Trump, que assume a Presidência dos EUA em 20 de janeiro, expressou nesta quinta mais dúvidas a respeito do suposto papel da Rússia nos ataques cibernéticos a partidos políticos e indivíduos norte-americanos, assim como o momento da reação da Casa Branca, sob o comando do presidente Barack Obama.

"Se a Rússia, ou alguma outra entidade, estava hackeando, por que a Casa Branca demorou tanto para agir? Por que só se queixaram depois que Hillary perdeu?", indagou Trump em uma postagem no Twitter.

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