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Putin quer participação da Rússia em investigação sobre ex-espião

Caso do ataque de Sergei Skripal e sua filha tem sido tratado como uma campanha anti-Rússia, segundo o presidente do país

Putin: presidente russo diz que químicos usados em ataque ex-espião são produzidos em 20 países (Alexei Druzhinin/Reuters)
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EFE

Publicado em 3 de abril de 2018 às 17h18.

Última atualização em 5 de abril de 2018 às 09h00.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin , exigiu nesta terça-feira uma exaustiva investigação, com a participação de seu país, sobre o ataque com um agente nervoso contra um ex-espião russo no Reino Unido.

"Os especialistas internacionais dizem que estes químicos são produzidos em 20 países. A Scotland Yard (Polícia Metropolitana de Londres) disse que são necessários vários meses para esclarecer o assunto. Não descobriram a origem do gás, segundo um laboratório", disse Putin em Ancara em entrevista coletiva conjunta com seu colega turco, Recep Tayyip Erdogan.

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"Isto é uma campanha anti-Rússia. Pedimos uma investigação exaustiva (do ataque) e queremos fazer parte dela", ressaltou o líder russo.

O laboratório britânico que identificou o agente nervoso com o qual o ex-espião russo Sergei Skripal e sua filha Yulia foram envenenados há um mês indicou hoje que não pôde "verificar" a procedência da toxina.

"Identificamos que era da família 'Novichok' e que é de tipo militar, mas o nosso trabalho não é dizer onde ele foi fabricado realmente", declarou Gary Aitkenhead, responsável do Laboratório de Ciência e Tecnologia de Defesa de Porton Down, um centro militar situado no centro da Inglaterra.

Segundo Putin indicou hoje, o tema do gás nervoso, que colocou a Rússia em rota de colisão com vários países ocidentais, quase não foi tratado em sua reunião com Erdogan em Ancara.

"Falamos sobre isso brevemente. O presidente Erdogan me fez algumas perguntas e eu lhe transmiti informações", explicou o presidente russo.

A Turquia é um país-membro da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), mas tomou distância de seus aliados ocidentais, com Reino Unido e Estados Unidos à frente, e não expulsou nenhum diplomata russo pelo ataque contra Skripal cometido em território britânico.

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