Exame Logo

Direitos gays e Olimpíadas não devem se misturar, diz Putin

Para presidente russo, Olimpíadas de Inverno de Sochi não são o lugar para se discutir a política russa para os gays

Vladimir Putin: "Quanto menos agressão houver sobre o tema (direitos gays) dos dois lados, melhor" (Reuters/Alexei Nikolsky)
DR

Da Redação

Publicado em 7 de fevereiro de 2014 às 13h47.

Sochi - O presidente da Rússia , Vladimir Putin, deixou claro nesta sexta-feira que ele acredita que as Olimpíadas de Inverno de Sochi não são o lugar para se discutir a política russa para os gays.

Putin utilizou um encontro com o primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, cujo país havia criticado a Rússia em relação aos direitos gays, para enfatizar que política e esporte não devem se misturar.

"Eu sei que você dá muita atenção a temas humanitários e a direitos humanos", disse Putin a Rutte, pouco antes da cerimônia de abertura dos Jogos. "Estamos sempre abertos a discussão." No entanto, o líder russo acrescentou que ele havia visto uma reportagem na TV na qual um homem num clube gay no balneário do Mar Negro disse a jornalistas: "Nos deixe em paz. Esporte é esporte. Olimpíadas são Olimpíadas. Vamos ter foco".

"Quanto menos agressão houver sobre o tema (direitos gays) dos dois lados, melhor", disse Putin, citando o entrevistado da reportagem.

"Eu assino embaixo do que essa pessoa disse", declarou Putin.

Os Jogos de Sochi são vitais para o legado de Putin. Ele, que apostou a sua reputação pessoal e política no sucesso do evento, enfrenta protestos do exterior por conta de uma lei que bane "propaganda gay" entre menores.

Putin diz que a lei é necessária para defender os jovens. Os críticos afirmam que ela vai de encontro aos direitos dos homossexuais, e, segundo ativistas, ela estaria alimentando a violência contra os gays na Rússia.


Putin, que foi vaiado numa viagem à Holanda no ano passado, afirma que a Rússia não discrimina homossexuais e não fará isso durante as Olimpíadas.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama; da França, François Hollande; da Alemanha, Joachim Gauck, e o primeiro-ministro britânico, David Cameron, não irão aos Jogos. A delegação dos Estados Unidos inclui representantes abertamente gays.

Rutte decidiu ir aos Jogos apesar de um abaixo-assinado em que 38 mil protestavam contra o envio de uma delegação holandesa com autoridades importantes, como o rei Willem-Alexander.

Rutte afirmou no mês passado que a Holanda tinha preocupações em relação aos direitos humanos na Rússia, mas que era melhor dialogar do que promover um boicote.

A sua visita se dá depois de um ano difícil nas relações com a Rússia, quando um diplomata holandês foi atacado em Moscou, e os agressores escreveram as letras LGBT (sigla para lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais) em batom rosa no espelho do seu hall.

Veja também

Sochi - O presidente da Rússia , Vladimir Putin, deixou claro nesta sexta-feira que ele acredita que as Olimpíadas de Inverno de Sochi não são o lugar para se discutir a política russa para os gays.

Putin utilizou um encontro com o primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, cujo país havia criticado a Rússia em relação aos direitos gays, para enfatizar que política e esporte não devem se misturar.

"Eu sei que você dá muita atenção a temas humanitários e a direitos humanos", disse Putin a Rutte, pouco antes da cerimônia de abertura dos Jogos. "Estamos sempre abertos a discussão." No entanto, o líder russo acrescentou que ele havia visto uma reportagem na TV na qual um homem num clube gay no balneário do Mar Negro disse a jornalistas: "Nos deixe em paz. Esporte é esporte. Olimpíadas são Olimpíadas. Vamos ter foco".

"Quanto menos agressão houver sobre o tema (direitos gays) dos dois lados, melhor", disse Putin, citando o entrevistado da reportagem.

"Eu assino embaixo do que essa pessoa disse", declarou Putin.

Os Jogos de Sochi são vitais para o legado de Putin. Ele, que apostou a sua reputação pessoal e política no sucesso do evento, enfrenta protestos do exterior por conta de uma lei que bane "propaganda gay" entre menores.

Putin diz que a lei é necessária para defender os jovens. Os críticos afirmam que ela vai de encontro aos direitos dos homossexuais, e, segundo ativistas, ela estaria alimentando a violência contra os gays na Rússia.


Putin, que foi vaiado numa viagem à Holanda no ano passado, afirma que a Rússia não discrimina homossexuais e não fará isso durante as Olimpíadas.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama; da França, François Hollande; da Alemanha, Joachim Gauck, e o primeiro-ministro britânico, David Cameron, não irão aos Jogos. A delegação dos Estados Unidos inclui representantes abertamente gays.

Rutte decidiu ir aos Jogos apesar de um abaixo-assinado em que 38 mil protestavam contra o envio de uma delegação holandesa com autoridades importantes, como o rei Willem-Alexander.

Rutte afirmou no mês passado que a Holanda tinha preocupações em relação aos direitos humanos na Rússia, mas que era melhor dialogar do que promover um boicote.

A sua visita se dá depois de um ano difícil nas relações com a Rússia, quando um diplomata holandês foi atacado em Moscou, e os agressores escreveram as letras LGBT (sigla para lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais) em batom rosa no espelho do seu hall.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaEsportesEuropaGaysLGBTOlimpíadasOlimpíadas de InvernoPolíticosPreconceitosRússiaVladimir Putin

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Mundo

Mais na Exame