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Puigdemont pede que Catalunha siga lutando por paz e dignidade

O líder da região autônoma defendeu a legitimidade do processo soberanista e destacou que as instituições e os cidadãos, juntos, constroem a sociedade

Carles Puigdemont: trata-se de seu primeiro discurso público após a declaração de independência aprovada pelo parlamento catalão (Rafael Marchante/Reuters)

Carles Puigdemont: trata-se de seu primeiro discurso público após a declaração de independência aprovada pelo parlamento catalão (Rafael Marchante/Reuters)

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EFE

Publicado em 27 de outubro de 2017 às 13h30.

Última atualização em 27 de outubro de 2017 às 13h47.

Barcelona - O presidente do governo regional da Catalunha, Carles Puigdemont, afirmou nesta sexta-feira, após a declaração de independência da região, que chegou a hora de as instituições e os cidadãos manterem a luta por paz, civismo e dignidade.

Em seu primeiro discurso público após a declaração de independência aprovada pelo parlamento catalão, Puigdemont defendeu a legitimidade do processo soberanista e destacou que as instituições e os cidadãos que, juntos, constroem a sociedade.

As declarações foram dadas por Puigdemont na escadaria central do edifício que abriga o governo autônomo, rodeado por membros de seu gabinete, deputados e prefeitos independentistas.

"Hoje, o parlamento do nosso país, um parlamento legítimo, eleito no pleito de 27 de setembro (de 2015), deu um passo largamente esperado e largamente lutado. A imensa maioria de representantes políticos legitimamente escolhidos com um mandato das urnas", disse.

Em tom solene, o presidente regional afirmou que seu discurso estava saindo "do coração, da emoção, da razão, da inteligência e da legitimidade para contribuir para a grandeza do momento".

"Cidadãos da Catalunha: se aproxima as horas nas quais todos teremos que lutar por esse país, o nosso país. De mantê-lo, sobretudo, no terreno da paz, do civismo e da dignidade", afirmou.

Puigdemont destacou que está nas mãos dos catalães continuar fortalecendo as bases que fazem da região uma "velha nação da Europa", com língua, cultura e direito próprio que já duram a séculos. Por isso, o presidente regional acredita que isso basta para entender os "direitos históricos" que legitimam o processo.

"Somos uma sociedade que sempre respondeu pacificamente e civicamente aos seus grandes desafios democráticos. Por esse motivo, esses grandes desafios foram feitos de maneira pacífica e cívica, se transformando em conquistas democráticas", ressaltou Puigdemont.

O vice-presidente do governo regional, Oriol Junqueras, também discurso e pediu "responsabilidade, humildade e generosidade" com os cidadãos do país que hoje "transbordam alegria e confiança", ainda que tenham alguma razão para "inquietação ou preocupação".

"Atuamos de boa fé, com respeito e estima", disse Junqueras.

Sobre a Espanha, o vice-presidente regional destacou que há "coisas em comum", como a língua e a cultura. No entanto, reiterou o compromisso de "construir um futuro muito melhor" para a Catalunha com as ferramentas próprias de um Estado.

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