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Promotor morre após ser mantido refém por grupo extremista

Um promotor morreu após forças de segurança invadirem o gabinete onde membros de grupo de extrema-esquerda o fizeram refém na Turquia

Ambulância sai de prédio onde promotor foi mantido refém por grupo extremista em Istambul, Turquia (Osman Orsal/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 31 de março de 2015 às 18h34.

Istambul - Um promotor de Istambul morreu depois que forças de segurança invadiram o gabinete onde membros de um grupo turco de extrema-esquerda mantinha o homem refém nesta terça-feira, matando os dois sequestradores.

O Partido da Frente Revolucionária de Libertação do Povo (DHKP-C) havia publicado uma foto do promotor com uma arma em sua cabeça, dizendo que iria matá-lo, a menos que suas exigências fossem atendidas.

O presidente turco, Tayyp Erdogan , disse que Mehmet Selim Kiraz foi baleado três vezes na cabeça e duas vezes no corpo. Ele morreu, apesar de ser levado para o hospital para uma cirurgia de emergência.

Seis horas depois que o impasse num tribunal no centro de Istambul começou, explosões e tiros foram ouvidos vindos do prédio, enquanto fumaça saía de uma janela, disse uma testemunha da Reuters.

Poucos minutos depois, duas ambulâncias com suas sirenes ligadas deixaram o local.

O chefe da polícia, Selami Altinok, disse que as autoridades haviam estabelecido linhas de comunicação com os sequestradores, mas que foram forçadas a agir quando tiros foram ouvidos de dentro do quarto onde Kiraz estava sendo mantido.

Kiraz conduzia uma investigação sobre a morte ocorrida em março do ano passado de Berkin Elvan, de 15 anos, depois de nove meses em coma desde que sofreu um ferimento na cabeça durante protestos contra o governo.

O DHKP-C afirmou em seu site que queria que o policial que eles consideram culpado pela morte de Elvan confessasse o crime na televisão, que os policiais envolvidos fossem julgados em "tribunais populares" e que as acusações contra aqueles que participaram de protestos por Elvan fossem descartadas.

Durante o tiroteio, os dois sequestradores foram mortos, disse Altinok em entrevista coletiva logo após o fim da operação.

"Nossas forças trabalharam com paciência e perseverança durante seis horas e tomaram todas as medidas de segurança necessárias", disse ele.

Falando no local do incidente, Erdogan elogiou a polícia e disse que o cerco tinha começado quando dois homens armados, disfarçados de advogados, entraram no tribunal.

"Não podemos subestimar a gravidade deste incidente", disse ele, observando que a segurança nos tribunais será revisada.

Em uma breve mensagem de vídeo publicada numa conta no Twitter com muitos seguidores que se descreve como sendo da família de Elvan, o pai do menino parecia pedir ao grupo para não machucar Kiraz.

"Queremos justiça. Não quero que ninguém derrame uma gota sequer de sangue. Não queremos que outras mães chorem", disse Sami Elvan.

Os Estados Unidos, a União Europeia e a Turquia listam o DHKP-C como uma organização terrorista. O partido esteve por trás de um atentado suicida na embaixada norte-americana em 2013. Em 2001, dois policiais e um turista australiano morreram num ataque do DHKP-C no centro de Istambul.

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Istambul - Um promotor de Istambul morreu depois que forças de segurança invadiram o gabinete onde membros de um grupo turco de extrema-esquerda mantinha o homem refém nesta terça-feira, matando os dois sequestradores.

O Partido da Frente Revolucionária de Libertação do Povo (DHKP-C) havia publicado uma foto do promotor com uma arma em sua cabeça, dizendo que iria matá-lo, a menos que suas exigências fossem atendidas.

O presidente turco, Tayyp Erdogan , disse que Mehmet Selim Kiraz foi baleado três vezes na cabeça e duas vezes no corpo. Ele morreu, apesar de ser levado para o hospital para uma cirurgia de emergência.

Seis horas depois que o impasse num tribunal no centro de Istambul começou, explosões e tiros foram ouvidos vindos do prédio, enquanto fumaça saía de uma janela, disse uma testemunha da Reuters.

Poucos minutos depois, duas ambulâncias com suas sirenes ligadas deixaram o local.

O chefe da polícia, Selami Altinok, disse que as autoridades haviam estabelecido linhas de comunicação com os sequestradores, mas que foram forçadas a agir quando tiros foram ouvidos de dentro do quarto onde Kiraz estava sendo mantido.

Kiraz conduzia uma investigação sobre a morte ocorrida em março do ano passado de Berkin Elvan, de 15 anos, depois de nove meses em coma desde que sofreu um ferimento na cabeça durante protestos contra o governo.

O DHKP-C afirmou em seu site que queria que o policial que eles consideram culpado pela morte de Elvan confessasse o crime na televisão, que os policiais envolvidos fossem julgados em "tribunais populares" e que as acusações contra aqueles que participaram de protestos por Elvan fossem descartadas.

Durante o tiroteio, os dois sequestradores foram mortos, disse Altinok em entrevista coletiva logo após o fim da operação.

"Nossas forças trabalharam com paciência e perseverança durante seis horas e tomaram todas as medidas de segurança necessárias", disse ele.

Falando no local do incidente, Erdogan elogiou a polícia e disse que o cerco tinha começado quando dois homens armados, disfarçados de advogados, entraram no tribunal.

"Não podemos subestimar a gravidade deste incidente", disse ele, observando que a segurança nos tribunais será revisada.

Em uma breve mensagem de vídeo publicada numa conta no Twitter com muitos seguidores que se descreve como sendo da família de Elvan, o pai do menino parecia pedir ao grupo para não machucar Kiraz.

"Queremos justiça. Não quero que ninguém derrame uma gota sequer de sangue. Não queremos que outras mães chorem", disse Sami Elvan.

Os Estados Unidos, a União Europeia e a Turquia listam o DHKP-C como uma organização terrorista. O partido esteve por trás de um atentado suicida na embaixada norte-americana em 2013. Em 2001, dois policiais e um turista australiano morreram num ataque do DHKP-C no centro de Istambul.

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