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Projeto sobre benefícios vai à sanção de Obama

A prorrogação foi possível porque ontem os republicanos finalmente voltaram atrás e resolveram concordar com a medida

Obama quer cortes (Getty Images)

Obama quer cortes (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 23 de dezembro de 2011 às 14h33.

Nova York - Após semanas de debates e falta de consenso, a Câmara e o Senado dos Estados Unidos precisaram de apenas alguns minutos hoje para aprovar a prorrogação do corte de dois pontos porcentuais nos impostos sobre a folha de pagamento de 160 milhões de trabalhadores por mais dois meses.

O benefício venceria no próximo dia 31 de dezembro. O pagamento de benefícios a desempregados também foi prorrogado. Agora o texto seguirá para o presidente Barack Obama para sancioná-lo como lei.

A prorrogação foi possível porque ontem os republicanos finalmente voltaram atrás e resolveram concordar com a medida. Hoje não houve dificuldades em aprovar a medida entre os poucos parlamentares ainda presentes no Congresso nessa antevéspera de Natal.

Na manhã de hoje, o texto voltou ao Senado, que já havia pré-aprovado a extensão anteriormente, e em menos de dois minutos o projeto foi novamente aprovado. Em seguida, veio o aval da Câmara, também em votação de alguns minutos, mostrando uma virada já que a Câmara o havia rejeitado há alguns dias.

A aprovação era possivelmente o presente que o presidente Barack Obama queria para este Natal, especialmente após algumas derrotas nas quedas-de-braço com os republicanos ao longo de 2011.

Uma delas foi em torno da elevação do teto da dívida dos EUA, em agosto deste ano, que resultou num acordo bem aquém do que desejava Obama e que serviu de gatilho para a decisão da S&P de rebaixar o rating soberano do país de AAA para AA+, com perspectiva negativa.

Outra derrota foi o fracasso do supercomitê partidário em entregar em novembro um plano de cortes de gastos de US$ 1,2 trilhão para os próximos dez anos.

Havia expectativas de que o impasse sobre a tributação da folha de pagamento fosse resultar em mais um nocaute para o presidente americano, que quer se reeleger em 2012.

A decisão de hoje, entretanto, pode ser contabilizada como uma vitória de Obama e uma pedra a menos no caminho de sua campanha eleitoral.

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