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Princesa Ubolratana retira candidatura a primeira-ministra da Tailândia

Um dia depois de entrar na disputa eleitoral, princesa teve sua candidatura cancelada pelo partido

Tailândia: candidatura de Ubolratana foi retirada (Christian Hartmann/Reuters)
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EFE

Publicado em 9 de fevereiro de 2019 às 09h21.

Bangcoc, 9 fev (EFE).- O partido Thai Raksa Chart retirou neste sábado a candidatura da princesa Ubolratana, irmã mais velha do rei da Tailândia , horas depois de ter sido desacreditada publicamente pelo monarca.

De acordo com o comunicado divulgado hoje, o partido político afirmou que "se submete à ordem real" com "lealdade" e "respeito a todos os membros da Casa Real".

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Ubolratana, que apesar de perder o título em 1972 para se casar com um americano - de quem se divorciou em 1998 - desfruta de todos os reconhecimentos de sua linhagem, foi lançada ontem como candidata a liderar o próximo governo.

Este movimento do Thai Raksa Chart, um partido ligado ao ex-primeiro-ministro foragido da Justiça do país, Thaksin Shinawatra, causou um terremoto político no país até a noite de ontem, quando foi censurado pelo seu irmão por meio de um pronunciamento televisionado.

No documento, emitido cerca de 12 horas depois da apresentação da candidatura da princesa, o rei Vajiralongkorn classificou de "inadequada" e "contra o sistema constitucional" a proposta da sua irmã em relação as eleições do dia 24 de março, as primeiras desde o golpe de Estado de 2014.

"A participação de um membro de alto escalão da família real na política, sob qualquer forma, é um ato que entra em conflito com as tradições, costumes e cultura do país e, portanto, é considerado altamente inapropriado", afirmou o rei.

O partido Thai Raksa Chart, para o qual Ubolrarana planejava concorrer, cancelou hoje todos seus atos de campanha.

O primeiro-ministro Prayut Chan-ocha participará das eleições sob as cores de um novo partido visto pelos analistas como uma sucessão democrática da atual junta militar.

As plataformas políticas ligadas a Shinawatra, que vive no autoexílio desde 2006 para evitar ser preso após condenação por corrupção, venceram todas as eleições desde 2001, mas acabaram expulsas do poder pelos militares ou por decisões judiciais questionáveis. EFE

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