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Primeiro-ministro libanês perde um terço das cadeiras na Câmara

O primeiro-ministro do Líbano, Saad Hariri, conseguiu 21 cadeiras, 12 a menos do que tinha até agora na Câmara

Hariri: o primeiro-ministro afirmou que esperava um desempenho melhor para fazer uma coalizão majoritária (Mohamed Azakir/Reuters)
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EFE

Publicado em 7 de maio de 2018 às 11h44.

Beirute - O primeiro ministro do Líbano , Saad Hariri, anunciou nesta segunda-feira que seu partido, Corrente do Futuro, obteve 21 cadeiras no pleito parlamentar de ontem no país, 12 a menos que as 33 que tinha até agora no plenário.

Em entrevista coletiva em Beirute, Hariri admitiu que seu grupo esperava resultados melhores para formar uma coalizão majoritária na qual haveria mais membros cristãos e xiitas, dentro da corrente dominada por sunitas.

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"Isto não é o fim do mundo", disse o premiê, que considerou que seu partido "deveria ter feito mais" para obter melhores resultados nas eleições.

Hariri acrescentou que a baixa participação, que se situou em 49,2%, se deve ao fato de "as pessoas não terem entendido a lei eleitoral", que estabelece pela primeira vez um sistema proporcional e com voto preferencial e dá direito a participar do pleito aos libaneses residentes no exterior.

Os dados revelados por Hariri são os primeiros resultados anunciados hoje pelas formações políticas que concorrem no pleito, enquanto a imprensa local aponta que o partido xiita Hezbollah - aliado de Irã e Síria - teria conseguido o maior número de cadeiras no parlamento, que conta com 128 deputados (64 cristãos e 64 muçulmanos).

Até agora, o partido Corrente do Futuro, apoiado pela Arábia Saudita, era a principal força na Câmara dos Deputados, desde as últimas eleições, que aconteceram em 2009.

Nos últimos nove anos, o parlamento libanês prolongou seu mandato em três ocasiões devido à instabilidade política gerada no país pela guerra na vizinha Síria.

 

 

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