Guantánamo: 40 detentos ainda estão na prisão militar americana (Joe Skipper/Reuters)
AFP
Publicado em 3 de maio de 2018 às 13h47.
Um detento saudita da prisão militar americana de Guantánamo chegou na quarta-feira à noite ao seu país, na primeira transferência desse tipo desde a chegada de Donald Trump à Casa Branca em janeiro de 2017.
Condenado a 13 anos de prisão em 2017 por seu envolvimento em um ataque contra o petroleiro francês "Limburg", em 2002, ao largo da costa iemenita, Ahmed Mohamed Ahmed Haza al Darbi "cumprirá o resto de sua sentença na Arábia Saudita", informou o departamento americano da Defesa em um comunicado.
Em Riad, um porta-voz dos serviços de segurança, citado pela agência oficial SPA, informou que o detento chegou ao país na noite de quarta-feira.
Até agora, as autoridades sauditas receberam prisioneiros não apenas do próprio país durante o mandato do ex-presidente Barack Obama, que queria fechar a prisão de Guantánamo.
Os últimos foram quatro iemenitas transferidos para a Arábia Saudita em 5 de janeiro de 2017, duas semanas antes do início do mandato de Trump.
Darbi colabora com autoridades americanas desde que se declarou culpado, quatro anos atrás, pelo envolvimento no ataque ao "Limburg" no Golfo de Aden, em 2002. Um marinheiro búlgaro foi morto e 12 pessoas ficaram feridas.
Restam 40 detentos em Guantánamo, uma prisão criticada pelos defensores dos direitos humanos porque seus detentos não foram julgados por tribunais civis, mas por comissões militares.
Trump decidiu em janeiro manter o local aberto e enviar novos detentos para lá. Ele também encarregou o Pentágono de definir que tipo de prisioneiros de guerra poderiam ser enviados para Guantánamo.