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Presidente espanhol diz que a Alemanha foi exemplar no caso Puigdemont

Mariano Rajoy disse que o governo alemão foi exemplar por considerar o caso de Puigdemont um tema judicial

Puigdemont: Decisão sobre ex-líder catalão foi próprio de uma nação europeia das clássicas e das de primeira, disse Rajoy (Agustin Marcarian/Reuters)
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EFE

Publicado em 10 de abril de 2018 às 15h58.

Última atualização em 10 de abril de 2018 às 15h58.

Buenos Aires - O presidente do Governo espanhol, Mariano Rajoy , considerou nesta terça-feira que a abordagem do Executivo alemão diante da situação do ex-presidente autônomo catalão Carles Puigdemont foi "exemplar" porque não entrou no assunto ao considerar que é um tema judicial.

Em entrevista coletiva em Buenos Aires junto ao presidente da Argentina, Mauricio Macri, Rajoy se referiu à decisão da justiça alemã sobre Puigdemont e à atitude do governo de Angela Merkel .

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O chefe do Executivo espanhol voltou a pedir respeito e que sejam acatadas todas as decisões judiciais e insistiu que o comportamento do governo alemão foi "próprio de uma nação europeia das clássicas e das de primeira".

Lembrou que os juízes espanhóis ditaram um euro-mandato contra Puigdemont, que a promotoria alemã apoiou e que um juiz na Alemanha tomou uma decisão diferente - a liberdade de Puigdemont e o fato de não poder ser extraditado por um crime de rebelião - e que, explicou, ainda não é definitiva.

Puigdemont, presidente da região autônoma da Catalunha entre 2016 e 2017, foi detido em 25 de março na Alemanha em virtude de uma ordem europeia de busca e apreensão ditada pelo juiz espanhol que investiga o processo independentista iniciado na Catalunha em 2017.

A Audiência Territorial de Schleswig-Holstein, no norte da Alemanha , descartou na semana passada o crime de rebelião no pedido de extradição à Espanha de Puigdemont e acordou sua liberdade com o pagamento de uma fiança enquanto estuda uma possível entrega à Espanha por desvio.

Para Rajoy, o respeito às decisões judiciais é um princípio básico em democracia, embora os juízes possam se equivocar da mesma maneira podem fazê-lo os membros do poder legislativo ou os ministros de qualquer governo.

O chefe do governo espanhol, que afirmou ser "um profundo europeísta", indicou que quando foram dados os primeiros passos para constituir a União Europeia (UE), a intenção era transformar a Europa em um espaço de paz, liberdade e direitos humanos e onde a primazia da lei é um valor assumido por todos e um estado de direito com separação de poderes.

A isso se soma o espaço econômico e de progresso que, segundo Rajoy, é também a União Europeia .

 

 

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