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Presidente egípcio é contra intervenção estrangeira na Síria

Mursi afirmou, porém, que o presidente sírio Bashar al-Assad deve deixar o poder

Tropas do governo sírio avançam pels ruas da cidade de Alepo, a segunda maior do país: de acordo com ativistas sírios, mais de 29.000 pessoas já morreram no conflito (AFP)
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Da Redação

Publicado em 25 de setembro de 2012 às 08h35.

Nova York - O presidente do Egito, Mohamed Mursi, afirmou que é contrário a qualquer intervenção estrangeira no conflito sírio, mas disse acreditar que o presidente sírio Bashar al-Assad deve deixar o poder.

Em uma entrevista concedida a Charlie Rose, do canal público americano PBS, antes da Assembleia Geral da ONU em Nova York, Mursi afirmou que Egito, Irã, Arábia Saudita e Turquia podem ajuda a acabar com o conflito, que já dura 18 meses.

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"Sou contra uma intervenção estrangeira pela força no que está acontecendo na Síria ", declarou Mursi.

"Não aprovo e acredito que se acontecesse seria um grave erro", completou, com a ajuda de um intérprete.

Mursi, ex-dirigente da Irmandade Muçulmana, destacou que as nações árabes devem "apoiar o povo da Síria na marcha para a liberdade".

"Ao presidente Assad não resta mais alternativa que ir embora. Não há espaço para reformas políticas. O povo quer mudanças e a vontade do povo deve ser respeitada", disse.

"O regime deve ter compreendido que a solução militar não acabará com a revolução. Dezenas de milhares de pessoas morreram e outras ainda podem morrer. Assim, o principal é acabar com o banho de sangue"", destacou.

De acordo com ativistas sírios, mais de 29.000 pessoas já morreram no conflito.

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