Presidente do Peru tentará se reunir com Trump
O embaixador peruano em Washington, Carlos Pareja, e as autoridades americanas buscavam uma data para agendar a reunião
AFP
Publicado em 15 de fevereiro de 2017 às 18h39.
O presidente peruano , Pedro Pablo Kuczynski, deverá viajar aos Estados Unidos em 23 de fevereiro para ser recebido por seu contraparte americano, Donald Trump , e participar de um evento na Universidade de Princeton, informou o Congresso nesta quarta-feira.
O encontro entre Kuczynski e Trump surgiu após ambos os mandatários conversarem por telefone no último domingo e aproveitarem que o chefe de Estado peruano participará em 25 de fevereiro de um ato acadêmico em Princeton, Nova Jesery, afirmou à AFP uma fonte governamental. A universidade o homenageará como um ex-aluno de destaque.
O Executivo solicitou ao Congresso do Peru que autorize Kuczynski a se ausentar do país entre os dias 23 e 27 de fevereiro, um procedimento legal sem o qual o presidente não pode viajar para o exterior no exercício de suas funções.
O embaixador peruano em Washington, Carlos Pareja, e as autoridades americanas buscavam uma data para agendar a reunião, asseguraram fontes do governo.
Na terça-feira, a chancelaria assinalou que "o presidente Trump convidou o chefe de Estado peruano para visitar os Estados Unidos em uma data oportuna a fim de realizar um encontro bilateral".
Kuczynski pediu a Trump durante a ligação que avalie deportar ao Peru o ex-presidente Alejandro Toledo (2001-2006), acusado de corrupção, e que se encontra na cidade de San Francisco.
"O presidente peruano solicitou ao presidente Trump que, no que se refere às competências da lei de migração do país no Departamento de Estado, avalie a opção de deportar o ex-presidente Toledo ao Peru, a fim de que seja submetido à Justiça peruana", detalhou a chancelaria em um comunicado.
A Justiça peruana emitiu uma ordem de captura internacional e prisão preventiva de 18 meses para Toledo por supostamente ter recebido 20 milhões de dólares da Odebrecht para favorecê-la com um contrato para construir a estrada interoceânica que une o Peru ao Brasil. O ex-presidente é acusado de tráfico de influências e lavagem de dinheiro.
O Peru suspeita que Toledo, professor visitante da Universidade de Stanford, esteja em San Francisco, e oferece 30.000 dólares a quem ajudar a capturá-lo.
Apesar de a Justiça do Peru ter pedido à Interpol um alerta vermelho para localizar Toledo, os Estados Unidos solicitaram a Lima uma justificativa dos motivos pelos quais deve prender o ex-presidente.