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Presidente do Irã chega à Venezuela

O objetivo da viagem é fortalecer os laços com os países latinos que mantêm um discurso hostil em relação aos Estados Unidos

Ahmadinejad faz o sinal da vitória ao desembarcar em Caracas (Juan Barreto/AFP)
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Da Redação

Publicado em 9 de janeiro de 2012 às 07h30.

Caracas - O presidente do Irã, Mahmud Ahmadinejad, chegou no domingo à Venezuela, primeira escala de seu giro pela América Latina , que o levará ainda a Nicarágua, Cuba e Equador, em um momento de tensão crescente entre a república islâmica e os Estados Unidos, exibiu a TV estatal.

Ahmadinejad, que se reunirá nesta segunda-feira com o colega venezuelano, Hugo Chávez, foi recebido com honras militares no aeroporto internacional de Caracas, pelo vice-presidente Elías Jaua e por membros da comunidade iraniana na Venezuela.

O presidente do Irã é acompanhado por uma comitiva de cerca de 100 pessoas, liderada pelos ministros Ali Akbar Salehi (Relações Exteriores), Shamsedin Hoseini (Economia), Mehdi Ghazanfari (Indústria, Comércio e Minas) e Majid Namju (Energia).

A viagem da comitiva terá prosseguimento terça-feira, na Nicarágua, onde Ahmadinejad assistirá à posse de Daniel Ortega, reeleito para a presidência daquele país. O líder iraniano também visitará Cuba e, na quinta-feira, o Equador, onde irá se reunir com o presidente, Rafael Correa.

O objetivo da viagem é fortalecer os laços com os países latinos que mantêm um discurso hostil em relação aos Estados Unidos, no momento em que o Ocidente aumenta a pressão sobre o Irã para que abandone seu polêmico programa nuclear.

"Nestes quatro países, vamos discutir sobre questões regionais e internacionais, além da vontade do regime de dominação de intervir nos assuntos dos outros países e de sua presença militar em todo o mundo", disse Ahmadinejad antes de decolar em Teerã, em uma referência aos Estados Unidos.

Washington, que manifestou preocupação com as relações destes quatro países latino-americanos com a República Islâmica, pediu na sexta-feira que estes não aprofundem os laços com Ahmadinejad.


O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, acusou no domingo os Estados Unidos de "inventarem" que o Irã prepara, juntamente com Venezuela, Cuba e Nicarágua, "ataques" contra aquele país, mas não comentou a expulsão da consulesa venezuelana em Miami.

"Washington está inventando que o Irã, a partir de Venezuela, Cuba ou Nicarágua, prepara ataques aos Estados Unidos (...) Isso tem que ser visto com cuidado, é uma ameaça contra nós", disse Chávez durante seu programa dominical, "Alô Presidente".

Chávez assinalou que Ahmadinejad seria recebido "com muita honra".

Venezuela e Estados Unidos mantêm uma relação diplomática tensa, e carecem de embaixadores desde o ano passado.

Os Estados Unidos ordenaram a expulsão da consulesa-geral da Venezuela em Miami, Livia Acosta Noguera - envolvida, segundo um documentário do canal Univisión, em um complô iraniano anos atrás.

Livia tem até terça-feira para deixar os Estados Unidos, anunciou o porta-voz para a América Latina do Departamento de Estado, William Ostik.

"Não podemos comentar os detalhes por trás da decisão de declará-la persona non grata", disse.

O canal hispânico Univisión exibiu em 8 de dezembro uma reportagem, que incluía gravações clandestinas, sobre um complexo complô contra os Estados Unidos que, supostamente, teria envolvido as embaixadas de Venezuela, Cuba e Irã no México entre 2006 e 2008.

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Caracas - O presidente do Irã, Mahmud Ahmadinejad, chegou no domingo à Venezuela, primeira escala de seu giro pela América Latina , que o levará ainda a Nicarágua, Cuba e Equador, em um momento de tensão crescente entre a república islâmica e os Estados Unidos, exibiu a TV estatal.

Ahmadinejad, que se reunirá nesta segunda-feira com o colega venezuelano, Hugo Chávez, foi recebido com honras militares no aeroporto internacional de Caracas, pelo vice-presidente Elías Jaua e por membros da comunidade iraniana na Venezuela.

O presidente do Irã é acompanhado por uma comitiva de cerca de 100 pessoas, liderada pelos ministros Ali Akbar Salehi (Relações Exteriores), Shamsedin Hoseini (Economia), Mehdi Ghazanfari (Indústria, Comércio e Minas) e Majid Namju (Energia).

A viagem da comitiva terá prosseguimento terça-feira, na Nicarágua, onde Ahmadinejad assistirá à posse de Daniel Ortega, reeleito para a presidência daquele país. O líder iraniano também visitará Cuba e, na quinta-feira, o Equador, onde irá se reunir com o presidente, Rafael Correa.

O objetivo da viagem é fortalecer os laços com os países latinos que mantêm um discurso hostil em relação aos Estados Unidos, no momento em que o Ocidente aumenta a pressão sobre o Irã para que abandone seu polêmico programa nuclear.

"Nestes quatro países, vamos discutir sobre questões regionais e internacionais, além da vontade do regime de dominação de intervir nos assuntos dos outros países e de sua presença militar em todo o mundo", disse Ahmadinejad antes de decolar em Teerã, em uma referência aos Estados Unidos.

Washington, que manifestou preocupação com as relações destes quatro países latino-americanos com a República Islâmica, pediu na sexta-feira que estes não aprofundem os laços com Ahmadinejad.


O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, acusou no domingo os Estados Unidos de "inventarem" que o Irã prepara, juntamente com Venezuela, Cuba e Nicarágua, "ataques" contra aquele país, mas não comentou a expulsão da consulesa venezuelana em Miami.

"Washington está inventando que o Irã, a partir de Venezuela, Cuba ou Nicarágua, prepara ataques aos Estados Unidos (...) Isso tem que ser visto com cuidado, é uma ameaça contra nós", disse Chávez durante seu programa dominical, "Alô Presidente".

Chávez assinalou que Ahmadinejad seria recebido "com muita honra".

Venezuela e Estados Unidos mantêm uma relação diplomática tensa, e carecem de embaixadores desde o ano passado.

Os Estados Unidos ordenaram a expulsão da consulesa-geral da Venezuela em Miami, Livia Acosta Noguera - envolvida, segundo um documentário do canal Univisión, em um complô iraniano anos atrás.

Livia tem até terça-feira para deixar os Estados Unidos, anunciou o porta-voz para a América Latina do Departamento de Estado, William Ostik.

"Não podemos comentar os detalhes por trás da decisão de declará-la persona non grata", disse.

O canal hispânico Univisión exibiu em 8 de dezembro uma reportagem, que incluía gravações clandestinas, sobre um complexo complô contra os Estados Unidos que, supostamente, teria envolvido as embaixadas de Venezuela, Cuba e Irã no México entre 2006 e 2008.

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