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Presidente do Chile troca oito ministros, incluindo chefe de gabinete

Com as novas indicações, Piñera tenta conter os protestos que questionam o modelo socioeconômico adotado no Chile

Chile: as manifestações já deixaram 20 mortos e centenas de feridos (Agencia Makro/Getty Images)
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AFP

Publicado em 28 de outubro de 2019 às 13h44.

O presidente Sebastián Piñera anunciou, nesta segunda-feira (28), a troca de oito de seus ministros, entre eles o controverso chefe de gabinete, Andrés Chadwick, e nomeou o economista liberal Ignacio Briones como ministro das Finanças.

As nomeações incluem Gonzalo Blumel como o novo chefe de gabinete, depois de servir como ministro secretário-geral de governo, um dos nomes mais carismáticos do gabinete. Outros 16 foram confirmados no cargo.

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Enquanto isso, seguem as convocações de protestos no Chile, e se espera a chegada de uma missão da ONU para verificar denúncias de violações dos direitos humanos em meio a uma profunda crise social.

Dois dias depois de pedir a renúncia de todos os seus ministros, Piñera divulga os nomes da nova equipe, com a qual espera enfrentar o despertar em massa da população. Com protestos que já deixaram 20 mortos e milhares de feridos, os chilenos questionam o modelo socioeconômico adotado no país.

A profundidade das mudanças e o giro do presidente em sua equipe de colaboradores pode aliviar a tensão, ou aumentar a insatisfação da população. A crise explodiu em 18 de outubro, inicialmente pela alta no preço do bilhete do metrô.

Retorno às atividades

Enquanto Piñera ajusta as mudanças, os chamados a manifestações se multiplicam.

Nesta segunda-feira, a Central Unitária de Trabalhadores (CUT) junto com dezenas de organizações sociais voltaram a convocar uma "greve nacional". Nas redes sociais, circulam chamados para se reunirem amanhã na frente do Palácio presidencial e continuar protestando na praça Itália. Lá, mais de um milhão de pessoas se concentraram na sexta-feira.

Hoje, os militares abandonaram as ruas. À meia-noite, foi suspenso o estado de emergência que havia sido decretado por Piñera para enfrentar a onda de protestos e os ataques ao transporte público e aos estabelecimentos comerciais, sobretudo, nos primeiros dias.

Santiago e outras cidades enfrentam este primeiro dia, após o fim do estado de emergência, com grandes engarrafamentos nas ruas e filas nos postos de gasolina, que voltaram a funcionar. Pelo menos 78 postos na capital foram danificados, ou incendiados, com prejuízos estimados em mais de US$ 300 milhões pelo governo.

A maioria das escolas retomou as aulas, embora algumas instituições tenham preferido funcionar apenas em apenas um turno.

O comércio também abriu as portas, mas alguns shoppings, como o Costanera Center, o maior da cidade, permanecem fechados.

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