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Presidente diz que aceita se reunir com o líder das Farc

Juan Manuel Santos disse que aceitaria se reunir com Rodrigo Londoño para acelerar a negociação de um acordo de paz

Chefe das Farc discusa em vídeo de maio de 2008: governo e as Farc dialogam em Cuba (AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 27 de agosto de 2013 às 18h40.

Bogotá - O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, disse nesta terça-feira que aceitaria se reunir com o líder máximo da guerrilha Farc para acelerar a negociação de um acordo de paz, mas insistiu na realização de um referendo para ratificar o resultado do processo.

O governo e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) dialogam desde novembro em Cuba e Santos disse que o momento de encerrar o conflito, que já dura meio século, "é agora ou nunca".

"Se houver necessidade em algum momento, para que o processo tenha sucesso, que haja uma reunião dessa natureza, eu não descartaria. Mas também depende das circunstâncias e das razões, nisso não se pode ser totalmente contundente nem ser radical", disse Santos a uma rádio, ao comentar a possibilidade de um encontro com o líder guerrilheiro Rodrigo Londoño, conhecido como Timochenko.

O processo em Havana foi retomado nesta semana depois de uma repentina pausa solicitada na sexta-feira pelas Farc, depois de o governo enviar ao Congresso um projeto que, se aprovado, autorizaria a realização de um referendo sobre o acordo junto com as eleições presidenciais ou parlamentares de 2014.

As Farc se opõem à realização desse referendo, argumentando que uma Assembleia Constituinte seria a forma ideal de selar o pacto. O governo alega que isso seria abrir as portas a uma alteração do sistema político e econômico do país, o que não está em discussão no processo.

Santos disse que o processo de paz só será concluído com a aprovação em referendo. "Porque não há processo de paz. Simples assim. Seguiremos na guerra", disse ele, comentando a hipótese de o acordo ser rejeitado nas urnas.

Um eventual acordo entre Santos e Timochenko, que permanece na clandestinidade e que é alvo de uma recompensa milionária da Colômbia e dos Estados Unidos, seria algo inédito desde que o então presidente Andrés Pastrana se reuniu com o falecido fundador do grupo, Manuel Marulanda, durante as frustradas negociações de paz abandonadas em 2002.

Na terça-feira, como parte da negociação sobre o futuro político da guerrilha, as Farc propuseram que "as definições acerca da orientação estratégica do processo econômico, da política macroeconômica, assim como a inserção da economia colombiana na economia mundial e nos processos de integração não podem ser assunto exclusivo das elites e de poderosos grupos econômicos".

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Bogotá - O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, disse nesta terça-feira que aceitaria se reunir com o líder máximo da guerrilha Farc para acelerar a negociação de um acordo de paz, mas insistiu na realização de um referendo para ratificar o resultado do processo.

O governo e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) dialogam desde novembro em Cuba e Santos disse que o momento de encerrar o conflito, que já dura meio século, "é agora ou nunca".

"Se houver necessidade em algum momento, para que o processo tenha sucesso, que haja uma reunião dessa natureza, eu não descartaria. Mas também depende das circunstâncias e das razões, nisso não se pode ser totalmente contundente nem ser radical", disse Santos a uma rádio, ao comentar a possibilidade de um encontro com o líder guerrilheiro Rodrigo Londoño, conhecido como Timochenko.

O processo em Havana foi retomado nesta semana depois de uma repentina pausa solicitada na sexta-feira pelas Farc, depois de o governo enviar ao Congresso um projeto que, se aprovado, autorizaria a realização de um referendo sobre o acordo junto com as eleições presidenciais ou parlamentares de 2014.

As Farc se opõem à realização desse referendo, argumentando que uma Assembleia Constituinte seria a forma ideal de selar o pacto. O governo alega que isso seria abrir as portas a uma alteração do sistema político e econômico do país, o que não está em discussão no processo.

Santos disse que o processo de paz só será concluído com a aprovação em referendo. "Porque não há processo de paz. Simples assim. Seguiremos na guerra", disse ele, comentando a hipótese de o acordo ser rejeitado nas urnas.

Um eventual acordo entre Santos e Timochenko, que permanece na clandestinidade e que é alvo de uma recompensa milionária da Colômbia e dos Estados Unidos, seria algo inédito desde que o então presidente Andrés Pastrana se reuniu com o falecido fundador do grupo, Manuel Marulanda, durante as frustradas negociações de paz abandonadas em 2002.

Na terça-feira, como parte da negociação sobre o futuro político da guerrilha, as Farc propuseram que "as definições acerca da orientação estratégica do processo econômico, da política macroeconômica, assim como a inserção da economia colombiana na economia mundial e nos processos de integração não podem ser assunto exclusivo das elites e de poderosos grupos econômicos".

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