Mundo

Presidente alemão falará sobre acusações de corrupção

Christian Wulff está sofrendo pressão para que renuncie por um suposto envolvimento em um escândalo de corrupção e tráfico de influência

As acusações contra Wulff têm origem no período como chefe de governo do estado federado da Baixa Saxônia e suas relações com o produtor cinematográfico David Groenewold (Andreas Rentz/Getty Images)

As acusações contra Wulff têm origem no período como chefe de governo do estado federado da Baixa Saxônia e suas relações com o produtor cinematográfico David Groenewold (Andreas Rentz/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 17 de fevereiro de 2012 às 06h58.

Berlim - O presidente da Alemanha, Christian Wulff, fará nesta sexta-feira uma declaração pública às 11h (8h de Brasília), na qual é esperado que se pronuncie sobre o pedido da promotoria de Hannover de o Bundestag (Parlamento germânico) levantar sua imunidade.

Ele falará em um momento em que cresce a pressão para que renuncie pelo suposto envolvimento em um escândalo de corrupção e tráfico de influência tanto pela imprensa quanto a partir dos partidos do governo e da oposição.

A Promotoria de Hannover, norte do país, pediu ontem ao Parlamento germânico que levante a imunidade do político democrata-cristão (CDU) para permitir investigá-lo.

As acusações contra Wulff têm origem no período como chefe de governo do estado federado da Baixa Saxônia e suas relações com o produtor cinematográfico David Groenewold, que também é investigado.

Groenewold e Wulff passaram férias juntos em 2007 na exclusiva ilha alemã de Sylt pagas pelo primeiro. O presidente garante, no entanto, que recompensou em espécie seu amigo pessoal.

As férias ocorreram um ano depois de o governo da Baixa Saxônia, presidido por Wulff, aprovar a concessão do aval de 1 milhão de euros para uma empresa de Groenewold, empréstimo que não chegou a ser tomado.

A câmara baixa alemã deverá agora, em uma decisão sem precedentes na história da Alemanha, debater se retira a imunidade do presidente e permite aos promotores abrir uma investigação contra o governante. Para isso, basta apenas maioria simples.

'Aos meus olhos uma investigação da Promotoria e o cargo do Presidente federal são incompatíveis', declarou diante das câmeras de televisão a secretária-geral do Partido Social-Democrata, Andrea Nahles, enquanto a partir dos Verdes, os líderes parlamentares Renate Kühnast e Jürgen Trittin, pediram a Wulff que jogue a toalha.

O jornal 'Süddeutsche Zeitung' calcula que a câmara baixa alemã poderia abordar a solicitação da Promotoria de Hannover em duas semanas, data da próxima sessão plenária regular.

A crescente polêmica em torno das supostas amizades de Wulff explodiu em 13 de dezembro. O jornal 'Bild' publicou que quando o governante era primeiro-ministro regional aceitou crédito privado em condições vantajosas de empresários amigos no valor de 500 mil euros, com o qual adquiriu uma casa. EFE

Acompanhe tudo sobre:AlemanhaCorrupçãoCrise políticaEscândalosEuropaFraudesGovernoPaíses ricos

Mais de Mundo

Trump nomeia Chris Wright, executivo de petróleo, como secretário do Departamento de Energia

Milei se reunirá com Xi Jinping durante cúpula do G20

Lula encontra Guterres e defende continuidade do G20 Social

Venezuela liberta 10 detidos durante protestos pós-eleições