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Premiê japonês presta homenagem em memoriais do Havaí

Cerimônia acontece antes do primeiro-ministro do Japão viajar para Pearl Harbor com o presidente americano Barack Obama

Shinzo Abe no Havaí: Japão espera demonstrar uma aliança firme com os EUA em meio aos temores com a capacidade militar crescente da China (Hugh Gentry/Reuters)
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Reuters

Publicado em 27 de dezembro de 2016 às 10h01.

Honolulu - O primeiro-ministro do Japão , Shinzo Abe, esteve em vários memoriais do Havaí na segunda-feira, um dia antes de visitar o local do bombardeio de 1941 em Pearl Harbor em meio a uma viagem concebida para mostrar uma aliança forte entre seu país e os Estados Unidos.

Abe não fez comentários públicos e permaneceu em silêncio diante de uma coroa de flores no Cemitério Memorial Nacional do Pacífico, uma homenagem àqueles que morreram servindo as Forças Armadas dos EUA.

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Acompanhado por dois membros de seu gabinete, Abe curvou a cabeça diante de grinaldas de flores brancas e folhagens depositadas aos pés dos monumentos de pedra do Cemitério Makiki de Honolulu, dedicado aos japoneses que se instalaram no Havaí nos anos 1800.

O evento que irá coroar a visita acontece nesta terça-feira, quando Abe e o presidente norte-americano, Barack Obama, irão visitar Pearl Harbor, local do ataque japonês de 75 anos atrás que levou os EUA a entrarem na Segunda Guerra Mundial. Obama está passando suas férias de inverno no Havaí, onde nasceu.

Abe não pretende se desculpar pelo ataque de 1941, mas consolar as almas dos que pereceram na guerra, disseram seus assessores neste mês.

O Japão espera demonstrar uma aliança firme com os EUA em meio aos temores com a capacidade militar crescente da China.

Tóquio está monitorando um grupo de navios de guerra chineses que entraram na parte superior do Mar do Sul da China no início da segunda-feira.

"Estou muito desejoso de enviar uma mensagem forte sobre o valor da reconciliação, assim como nossa oração sincera pelas almas dos mortos da guerra", disse Abe, por meio de um intérprete, no Centro de Convenções do Havaí em Honolulu.

Abe classificou as relações EUA-Japão como uma "aliança de esperança", e disse que a devastação da guerra não deveria se repetir.

Na China, cujo governo vem pedindo reiteradamente que Tóquiomostre mais arrependimento pela Segunda Guerra Mundial e pela invasão japonesa em seu território, a porta-voz do Ministério das Relações Exterior, Hua Chunying, disse que Abe está com um "pensamento ilusório" se espera usar sua visita para "acertar as contas" da guerra.

"Não importa a postura, não importa que espetáculo seja montado, só uma reflexão sincera pode trazer a chave da reconciliação", disse Hua aos repórteres.

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