Exame Logo

Pré-candidata do Tea Party lança campanha em Iowa

Michele Bachmann prometeu derrotar o atual presidente Barack Obama nas eleições de 2012

Michele Bachmann, pré-candidata republicana às eleições americanas de 2012 (Steve Pope/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 27 de junho de 2011 às 18h12.

Waterloo, EUA - A republicana Michele Bachmann, que disputa a candidatura às eleições presidenciais dos Estados Unidos em 2012, iniciou sua campanha em Waterloo (Iowa, centro), sua cidade natal, prometendo derrotar o presidente Barack Obama.

"Estou aqui para anunciar formalmente a minha candidatura à Presidência dos Estados Unidos", disse a líder do movimento ultraconservador "Tea party" em um discurso pronunciado durante um ato público ao ar livre nesta pequena cidade de cerca de 65.000 habitantes.

Cerca de 200 pessoas reunidas diante de um casarão histórico da cidade aclamaram esta mulher de 55 anos, que tentava impor a voz, em meio ao barulho provocado pelos veículos que trafegavam em uma estrada próxima.

"Não podemos nos permitir outros quatro anos de Barack Obama", disse.

Ela lembrou que há 50 anos, quando era criança e vivia em Waterloo, a dívida dos Estados Unidos equivalia a cerca de 300 bilhões de dólares e que agora se situa em pouco mais de 14 trilhões. O galão de gasolina (3,8 litros) custava na época 31 centavos, e atualmente vale cerca de cinco dólares.

"É impossível voltar atrás", admitiu, mas ressaltou que o passado deve servir de fonte de inspiração.

A pré-candidata republicana aproveitou este ato para se definir politicamente. "Como conservadora constitucional, creio firmemente na visão de nossos pais fundadores de um governo que imponha limites, confie no povo americano e preserve seu potencial".

Partidária dos valores cristãos, Bachmann afirmou que o "Tea party" não representa a ala à direita do Partido Republicano, mas que é formado por pessoas de diversas origens, incluindo alguns democratas que querem "colocar os Estados Unidos no caminho certo".

Advogada especializada em questões financeiras, a líder republicana quer revogar a reforma do sistema de saúde do presidente Obama e reduzir os impostos pagos pelas empresas.


Bachmann faz parte dos parlamentares que se opõem ao aumento do teto da dívida e rejeitam o argumento do Tesouro de que, se o Congresso não votar uma medida desse tipo, a economia nacional sofrerá graves consequências.

Ela também rejeita a intervenção dos Estados Unidos na Líbia, contra a qual votou na semana passada no Parlamento.

"Bachmann super-heroína", estava escrito em cartazes e camisas exibidas por seus partidários durante o ato.

Becky Bostwick, que foi ao ato com seus filhos, declarou à AFP que gostou de tudo o que sua líder havia dito. "Tenho cinco filhos e o futuro me preocupa", disse ela. "Parece-me que é racional, inteligente e suficientemente competente como para nos tirar desta situação", considerou.

Outra mãe cujo filho acabara de ser beijado pela pré-candidata disse orgulhosa ao filho: "A futura presidente dos Estados Unidos te deu um beijo, o que acha?".

Consultado sobre as chances de vitória de Bachmann, o cientista político John Pitney respondeu: "Ela vai precisar ampliar sua base. A maior parte da direção de seu partido acredita que não tem chance alguma. No entanto, a situação pode mudar com o tempo, se as pesquisas mostrarem que está em condições de enfrentar Obama".

Uma pesquisa divulgada domingo pelo jornal local Des Moines Register coloca Bachmann em uma posição muito confortável em Iowa, com 22% das preferências, ao lado de Mitt Romney (23%), que lidera a preferência nacional entre os republicanos.

Nesta semana, Bachmann viajará também para os estados de New Hampshire (nordeste) e Carolina do Norte (sudeste), onde serão realizadas as primeiras primárias republicanas em janeiro de 2012.

Sua rival, Sarah Palin, que também pertence ao "Tea party", ainda não anunciou suas intenções em relação à disputa eleitoral do final do próximo ano.

Veja também

Waterloo, EUA - A republicana Michele Bachmann, que disputa a candidatura às eleições presidenciais dos Estados Unidos em 2012, iniciou sua campanha em Waterloo (Iowa, centro), sua cidade natal, prometendo derrotar o presidente Barack Obama.

"Estou aqui para anunciar formalmente a minha candidatura à Presidência dos Estados Unidos", disse a líder do movimento ultraconservador "Tea party" em um discurso pronunciado durante um ato público ao ar livre nesta pequena cidade de cerca de 65.000 habitantes.

Cerca de 200 pessoas reunidas diante de um casarão histórico da cidade aclamaram esta mulher de 55 anos, que tentava impor a voz, em meio ao barulho provocado pelos veículos que trafegavam em uma estrada próxima.

"Não podemos nos permitir outros quatro anos de Barack Obama", disse.

Ela lembrou que há 50 anos, quando era criança e vivia em Waterloo, a dívida dos Estados Unidos equivalia a cerca de 300 bilhões de dólares e que agora se situa em pouco mais de 14 trilhões. O galão de gasolina (3,8 litros) custava na época 31 centavos, e atualmente vale cerca de cinco dólares.

"É impossível voltar atrás", admitiu, mas ressaltou que o passado deve servir de fonte de inspiração.

A pré-candidata republicana aproveitou este ato para se definir politicamente. "Como conservadora constitucional, creio firmemente na visão de nossos pais fundadores de um governo que imponha limites, confie no povo americano e preserve seu potencial".

Partidária dos valores cristãos, Bachmann afirmou que o "Tea party" não representa a ala à direita do Partido Republicano, mas que é formado por pessoas de diversas origens, incluindo alguns democratas que querem "colocar os Estados Unidos no caminho certo".

Advogada especializada em questões financeiras, a líder republicana quer revogar a reforma do sistema de saúde do presidente Obama e reduzir os impostos pagos pelas empresas.


Bachmann faz parte dos parlamentares que se opõem ao aumento do teto da dívida e rejeitam o argumento do Tesouro de que, se o Congresso não votar uma medida desse tipo, a economia nacional sofrerá graves consequências.

Ela também rejeita a intervenção dos Estados Unidos na Líbia, contra a qual votou na semana passada no Parlamento.

"Bachmann super-heroína", estava escrito em cartazes e camisas exibidas por seus partidários durante o ato.

Becky Bostwick, que foi ao ato com seus filhos, declarou à AFP que gostou de tudo o que sua líder havia dito. "Tenho cinco filhos e o futuro me preocupa", disse ela. "Parece-me que é racional, inteligente e suficientemente competente como para nos tirar desta situação", considerou.

Outra mãe cujo filho acabara de ser beijado pela pré-candidata disse orgulhosa ao filho: "A futura presidente dos Estados Unidos te deu um beijo, o que acha?".

Consultado sobre as chances de vitória de Bachmann, o cientista político John Pitney respondeu: "Ela vai precisar ampliar sua base. A maior parte da direção de seu partido acredita que não tem chance alguma. No entanto, a situação pode mudar com o tempo, se as pesquisas mostrarem que está em condições de enfrentar Obama".

Uma pesquisa divulgada domingo pelo jornal local Des Moines Register coloca Bachmann em uma posição muito confortável em Iowa, com 22% das preferências, ao lado de Mitt Romney (23%), que lidera a preferência nacional entre os republicanos.

Nesta semana, Bachmann viajará também para os estados de New Hampshire (nordeste) e Carolina do Norte (sudeste), onde serão realizadas as primeiras primárias republicanas em janeiro de 2012.

Sua rival, Sarah Palin, que também pertence ao "Tea party", ainda não anunciou suas intenções em relação à disputa eleitoral do final do próximo ano.

Acompanhe tudo sobre:EleiçõesEstados Unidos (EUA)Oposição políticaPaíses ricos

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Mundo

Mais na Exame